Através de um protocolo assinado ontem entre o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) e a instituição privada Escolha do Consumidor, as duas organizações, que se preocupam pelos direitos do consumidor, comprometem-se a dar melhores soluções aos clamores dessa classe
O director do INADEC, Wassamba Neto, assegurou que, ao aparecer um parceiro, ao nível do sector privado, que também trabalha com as mesmas características, se vai conseguir colocar o consumidor no centro das atenções, no sentido de que, nas relações comerciais, entre os operadores económicos e os consumidores sejam cada vez favoráveis.
“Daí darmos essa oportunidade de juntos trabalharmos, para poder salvaguardar o consumidor e protegê-lo. O INADEC, em função das suas atribuições, tem a responsabilidade de protecção do consumidor do país e todas as iniciativas visam colocar o consumidor na primeira linha de protecção da sua vulnerabilidade, quer económica como técnica, nós abraçamos em função do seu foco”, realçou. Trata-se de um parceiro que está empenhado na luta que o INADEC abraçou de protecção e salvaguarda dos direitos do consumidor.
Por isso, Wassamba Neto e a sua equipa acreditam que, com essa parceria e em função de parte do trabalho que têm desenvolvido, em prol da protecção do consumidor, estarão disponíveis a fornecer todos imputs necessários, para que esse protocolo não seja uma letra-morta, mas a concretização de todos os objectivos que estão detalhados, a favor da própria protecção do consumidor.
O director do INADEC encara o protocolo como mais um desafio lançado e acredita que, com esse primeiro passo, será apenas a abertura de uma oportunidade, para ele e seus colaboradores reafirmarem que estão presentes no território nacional, para a protecção do consumidor.
Colocar o consumidor como centro de destaque é outra meta do protocolo que, de acordo com o dirigente, visa, igualmente, despertar no consumidor a possibilidade das suas escolhas, sem descurar que a relação de consumo se baseia em dois sujeitos, designadamente, o consumidor e o operador económico.
Segundo ele, em tempos idos, o operador económico era tido como o mau da fita, mas, hoje, na relação de consumo, esses dois parceiros têm de dialogar, daí ser necessário que eles estejam munidos de ferramentas, de modo que cada um consiga salvaguardar os seus direitos.
“E como o consumidor é a parte mais fragilizada, por causa da sua hipo-suficiência e da sua vulnerabilidade, há toda necessidade de o Estado ter uma instituição como o INADEC que dá tratamento na relação de consumo”, referiu Wassamba Neto.
Escolha para e pelo consumidor
Miguel Soares, director da Escolha do Consumidor, começou por dizer que a instituição que dirige é totalmente para e pelo consumidor, ao ponto de não querer que a assinatura desse protocolo, fique por aí.
“Mas se avive para a formalização daquilo que essas duas entidades se predispõem a fazer, que é ajudar o sector empresarial a prestar, cada vez mais, um melhor serviço ao consumidor.
Isso nos remete a sermos representativos da voz dos consumidores naquilo que são as suas experiências na questão produto e serviço e nas indicações que nós damos através de relatórios de estudos de mercado factuais, transparentes, honestos e verdadeiros, para que essas empresas prestem, verdadeiramente, um melhor serviço ao consumidor, de modo que vejam na Escolha do Consumidor um veículo para ouvir a classe e estar mais próximo da mesma”, esclareceu.
Miguel Soares reafirmou ser este o compromisso que a Escolha tem para com os consumidores e com o INADEC, a fim de que, em conjunto, fortaleçam a voz do consumidor.
Segundo pensa, isso fará que o sector empresarial se inspire a ver no cliente um parceiro ou alguém que tem de ser bem servido. Para tal, a Escolha do Consumidor se predispõe também a dar ferramentas ao mercado com esse conhecimento.
“Por isso, ter o INADEC como parceiro é muito importante por ser mais um passo na credibilidade da Escolha do Consumidor e o Estado estará mais presente nas acções que a nossa instituição fará, desde as conferências, através das quais nos comprometemos a levar mais conhecimentos, tendo o INADEC com a sua palavra e com os seus indicadores, para que, acrescidos aos dados que a Escolha do Consumidor obteve no mercado, se partilhe e se participe mais”, frisou o Miguel Soares.