O inspector dos serviços provinciais da Inspecção Geral do Trabalho (IGT) na Lunda-Norte, Mário Tavira, apelou, essa segunda-feira, às empresas, sobretudo do sector privado, a implementar sistemas de segurança sólidos e resilientes, que minimizem os riscos de acidentes no local da labuta.
Em declarações à ANGOP, a propósito dos índices de acidentes registados na província, Mário Tavira acrescentou que é necessário que as empresas invistam em equipamentos de protecção individual e promovam treinamentos regulares, elevando a capacidade de resposta às emergências de crise e a protecção da segurança dos trabalhadores.
Informou que, em 2024, por exemplo, a instituição registou mil e 778 acidentes de trabalho e doenças profissionais, afectando, maioritariamente, trabalhadores das empresas mineiras, resultando em 40 mortes.
“Em função das consequências da exposição do trabalho mineiro, os funcionários correm vários riscos de saúde devido aos elementos químicos que se encontram no minério, originando várias doenças, sobretudo a tuberculose e a cercose, daí a necessidade de haver um maior investimento em sistemas de segurança e saúde sólidos e resilientes, para se evitar danos humanos”, frisou.
Disse que a instituição tem estado a trabalhar com as empresas sediadas na província, no sentido de incentivar tais investimentos, com vista à protecção dos trabalhadores.
Acrescentou que as empresas que insistem em não investir na segurança e saúde dos trabalhadores, após a fase pedagógica, têm sido responsabilizadas com multas e outras medidas.