Mais de 214 mil cidadãos da província da Huíla foram alfabetizados entre 2014 e 2019, no quadro do Plano de Alfabetização e Aceleração Escolar (PAE), implementado pelo Gabinete Provincial da Educação, através da coordenação de jovens e adultos
Os dados foram avançados por Anderson Peliganga, coordenador provincial da Educação de Jovens e Adultos, durante as celebrações do Dia Mundial da Alfabetização, assinalado a 8 de Setembro. Segundo o responsável, só no último ano lectivo foram matriculados 10.239 cidadãos, dos quais 6.098 mulheres.
“Estes resultados só foram possíveis graças à conjugação de esforços do Governo e de vários parceiros nacionais e internacionais, que têm trabalhado na materialização de diferentes programas de alfabetização”, destacou Peliganga, referindose ao PAE, ao Plano Estratégico de Revitalização da Alfabetização (PERA) e ao Plano de Acção para a Intensificação da Alfabetização e da Educação de Jovens e Adultos (EJA-Angola 2019- 2022), criado por Decreto Presidencial n.º 257/19.
Os municípios da Chibia, Lubango, Chicomba, Quilengues, Quipungo, Matala e Humpata concentram o maior número de pessoas iletradas, segundo dados do censo de 2014. Para inverter este quadro, o programa tem direcionado esforços e recursos para estas localidades, com a instalação de salas de alfabetização e a dinamização de turmas comunitárias.
“Queremos maximizar resultados, começando nas zonas onde a incidência do analfabetismo é maior, mas com a perspectiva de estender o programa a todos os pontos das terras altas da Chela”, frisou o responsável.
O coordenador destacou ainda a relevância de parcerias com igrejas e organizações não-governamentais (ONGs), que têm tido papel fundamental na execução dos programas de alfabetização na província.
Entre elas figuram a Ajuda de Povo para Povo (ADPP), o projecto Criança Feliz e a Fundação Ngana Zenza, que desenvolve acções no município do Hoque, localidade do Toco.
Outro contributo importante vem do Projecto de Empoderamento da Rapariga e Aprendizagem para Todos – PAT II, financiado pelo Banco Mundial. A iniciativa, segundo Peliganga, enquadra-se na estratégia do Executivo para promover uma educação de qualidade, assente nos princípios da equidade, inclusão e eficiência.
“A subcomponente 1.2 do PAT II, designada Educação de Segunda Oportunidade, visa precisamente alfabetizar pessoas identificadas em áreas com maiores índices de analfabetismo”, explicou.
Por: João Katombela, na Huíla