Um cidadão, de 20 anos de idade, está a ser acusado pelos familiares e pessoas próximas de ter matado o próprio pai, Fernando Sebastião, de 74 anos, e enterrado o cadáver deste no quintal da casa em que residiam, no bairro das Comissões, no município do Cazenga, por alegado interesse em apropriar-se do imóvel do progenito
A relação entre o pai e o filho não tem sido boa há já algum tempo, mas nada que não passasse de discussões entre os dois, como relata uma das inquilinas a viver na casa, que preferiu não dar o rosto à imprensa. Há um mês a arrendar na casa, a mulher afirmou que já tinha desavenças entre os dois, quando se tratava do horário de entrada em casa, que para o pai não podia ser em hora inapropriada, e outras questões mínimas, segundo detalhou.
A mulher descreve Fernando (em vida) como uma boa pessoa e de trato fácil e cheio de motivação, razão pela qual diz não entender o porquê o filho colocaria fim à vida do próprio pai. No dia 3 do corrente mês, por sinal num domingo, terá sido a última vez que a jovem manteve contacto com o dono da casa, quando ele despediu-se dizendo que ia à igreja e depois ia à casa de um familiar.
“À noite, por volta das 20 horas, quando passei pela porta da sala dele e saudei, não reparei se tinha ou não respondido, porque eu estava a conversar”. Já no dia seguinte, a inquilina não voltou a ver o senhor e deduziu que tinha saído muito cedo, e dias depois a informação que recebeu do filho é que o pai tinha ido a Malanje visitar um familiar.
O estranho foi ver o suspeito a escavar um buraco no quintal, com a justificativa de que tinha sido o pai a mandar para que, supostamente, se colocassem plantas no quintal.
Desde que começou a arrendar a casa, a testemunha anónima diz que Fernando e Eliseu só passaram a viver juntos há poucos dias. A casa possui quatro anexos, entre os compartimentos onde residem os inquilinos e outro em que moravam os dois parentes em causa.









