A ter início no dia 2 de Julho, os exames nacionais poderão ser um “trunfo” no ingresso à universidade para estudantes do II ciclo do ensino secundário (12.ª classe). A afirmação foi feita por Luís Venâncio, director nacional do Ensino Secundário, aquando do ponto de situação dos exames nacionais apresentado pelo Ministério da Educação, nesta quinta-feira, no Liceu Garcia Neto
O também presidente do Júri Nacional do Exame frisou que a ideia do Ministério da Educação é que os alunos da 12.ª classe que tiverem os melhores resultados nos exames nacionais tenham acesso directo às universidades em Angola.
Apesar de não ser ainda algo assinado, Luís garante que há um diálogo profícuo a decorrer entre o Ministério da Educação e o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação para que a ideia seja posta em prática.
“Havia a necessidade de generalizar, então este é o primeiro ano da generalização da 12.ª classe, logo, com estes resultados vamos voltar a sentar a mesa com o Ministério do Ensino Superior de Ciência, Tecnologia e Inovação para vermos como é que vamos conseguir encaminhar os nossos alunos para as universidades”, disse.
Os exames nacionais, como garante, permitirão avaliar os alunos na mesma proporção, com os mesmos instrumentos, à mesma hora e todos juntos.
No entanto, os testes vão decorrer semanas depois de os alunos já terem feito as avaliações que estavam previstas no regulamento da avaliação nacional.
A grande diferença, explica o presidente do júri nacional, é que, para a 12.ª classe, o MED retirou o exame provincial e passou a ser um exame único, o exame nacional.
“Os alunos vão fazer o exame, que tem uma cotação de 50% da avaliação global da 12.ª classe, e esta será somada às avaliações do primeiro, segundo e terceiro trimestre, que representam outros 50%, e assim se vai determinar a nota final do aluno da 12ª classe.
As notas obtidas na 10.ª e 11.ª classe já foram inseridas na plataforma de gestão dos exames nacionais e está tudo a ocorrer conforme o programado e o esperado”, frisa Luís Venâncio.
Dados passados pelo director nacional do Ensino Secundário dão conta que cerca de 60 mil alunos, da 12.ª classe, a frequentarem cursos de Económicas e Jurídicas, Físicas e Biológicas e Artes Visuais e Plástica, a nível nacional, estão em fase de realização de exames.
Os educandos têm acesso a uma matriz disciplinar, definidas determinadas disciplinas por área. A prioridade é dada às disciplinas nucleares, pelo que, a posterior, são acrescentadas outras, o que totaliza nove disciplinas para os exames, consideradas instrumentos de avaliação a nível do currículo ao longo do percurso académico.