Vintee duas embarcações foram, recentemente, entregues ao mesmo número de pescadores artesanais da orla marítima da Restinga do Lobito, em Benguela, a pensar no fomento ao auto-emprego, de modo a dar volta ao problema de carência por que muitos passam. O projecto social, que se convencionou chamar de “Uma Bimba, Teu Trabalho, Muitos Peixes”, é de iniciativa do grupo empresarial Opengest e anda de mãos dadas com a administração local
A entrega das embarcações esteve circunscrita ao aniversário da também conhecida “Salas de Visita de Angola”, Lobito, que está a assinalar 112 anos, a cujo acto solene foi presidido pelo governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior.
O promotor do projecto social – “Uma Bimba, Teu Trabalho, Muitos Peixes”, Sandro Barbosa, proprietário do restaurante Luna, ao lado do administrador adjunto para a área Política e Social do Lobito, Ernesto Carolócio, procedeu à entrega das 22 embarcações artesanais da orla marítima da restinga do Lobito. Na ocasião, o empresário admitiu que há mais de seis anos que a pesca artesanal está incorporada no seu projecto empresarial.
Na qualidade de canoagem, Sandro Barbosa tem passado, diariamente, por pescadores artesanais e constatado as dificuldades que os têm afligido no exercício da actividade, para além de se debaterem com problemas de sustento de suas famílias.
Daí ter criado aquilo a que chamou de “cadeia de valor”, potenciando, para o efeito, quem se fez ao mar em busca do pão de cada dia. “Acho que é uma forma de nós podemos ajudar a empregabilidade”, refere Barbosa.
Por sua vez, o administrador municipal adjunto para a esfera Política e Social, Ernesto Carolócio, enaltece a implementação do projecto, porque, na sua opinião, vem, de certo modo, auxiliar a iniciativa da Administração Municipal do Lobito de há anos, consubstanciado na remoção do mar pescadores com embarcações em mau-estado.
“Trazem maior segurança, maior fluidez para esses bravos homens que se fazem ao mar à busca de pescado para a venda e sustento das suas famílias”, realça, ao apelar que outros pescadores abracem o projecto.
De acordo com o governante, para que um pescador se habilite a uma bimba – como também são conhecidas – deve apresentar a embarcação precária com a qual se tem feito ao mar diariamente. “E nós, a partir desta, vamos proceder à entrega de uma embarcação nova”, garantiu.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela