Por não ser de lei, a actual gestão do bairro Paraíso, com apoio da Administração Municipal de Cacuaco, preferiu ver a turma do apito desactivada e criar a brigada de vigilância comunitária
Miranda Lopes Dembo, presidente da comissão de moradores do bairro Paraíso, município de Cacuaco, em Luanda, disse que a sua gestão busca por uma segurança com a participação de todos e descarta a envolvência da turma do apito.
Aliás, o líder comunitário admitiu que a referida turma criava outros constrangimentos, tendo realçado a integração de jovens que andavam em maus caminhos, que se aproveitavam de algumas oportunidades e facilidades.
“Em parte, também agradecemos a desactivação da turma do apito e enaltecemos a criação da brigada de vigilância comunitária, que, ao nível nacional, revela-se liderada pelo Presidente da República”, enalteceu, demonstrando, claramente, que é com esse novo modelo que pretende contar, para tornar o Paraíso num bairro onde o cidadão ande à vontade, a qualquer hora do dia.
Segundo ele, essa nova força comunitária não é para criar vandalismo, mas, sim, para todos moradores do Paraíso tomarem parte da mesma, pois, querendo ou não, cada um é um vigilante comunitário.
“Percebemos, então, que esse novo movimento deve manter-se firme e forte, no sentido de contribuir para baixar o índice de criminalidade, aqui no bairro Paraíso, com a ajuda da Polícia Nacional, que tem feito um trabalho pontual”, salientou o líder comunitário, recordando que, tão logo receberam um documento que já é vigorado por decreto presidencial, referente à criação de brigadas de vigilância comunitárias, não pensaram duas vezes para materializar o projecto.
Daqui para frente, o presidente da comissão de moradores quer transformar o bairro num verdadeiro paraíso, onde os residentes se sintam confortáveis e os forasteiros, atraídos a vir para um bairro muito diferente do antigo.
Miranda Lopes Dembo lembrou que, recentemente, receberam elogio do Comando Provincial de Luanda, que manifesta estar a gostar do seu trabalho. De acordo com o próprio, a comissão de moradores do Paraíso tem um casamento directo com a Polícia Nacional, razão pela qual, de algum tempo a esta parte, está a ser estranho e admirável ouvir que assaltaram uma residência.
Na verdade, a turma do apito foi desactivada, até porque surgiu na vigência em que ainda não estávamos a dirigir o bairro. Depois da informação de que havia um movimento do género, deu-se o fim.
Pensámos em não continuar com essa brigada, por não ser mesmo de lei. “Já estamos há mais de duas semanas sem nenhum relato. Recebemos apenas uma informação de um jovem não residente, que tenta entrar no bairro, para fomentar pequenos dissabores.
Ele furtou uma motorizada de duas rodas e alvejou um jovem com um tiro”, informou Miranda Dembo, garantindo que o infractor já foi identificado com ajuda de os presidentes de outras comissões de moradores.
Afinal, os dirigentes do Paraíso procuram ter contacto directo com os líderes comunitários de outros subúrbios limítrofes, para, a qualquer altura, que se aperceberem de um infractor proveniente desses bairros (NGangula, Cerâmica, Mulenvos ou Pedreira), possam resolver juntos.