A Escola “17 de Setembro”, do I ciclo do ensino secundário, localizada no município do Rangel, tem sido um espaço “compartilhado” por estudantes, o corpo pedagógico da instituição e mais oito famílias, que residem em anexos junto da escola. Quase quatro décadas depois de estarem ali a residir, as famílias têm um prazo de até amanhã, dia 25, para abandonarem o local e ir a outro sítio, apesar de afirmarem estar legalmente e não ter no momento condições para sair, razão pela qual esperam ver o problema resolvido
Era sábado, e por isso não era possível ver alunos a perambular de um lado para o outro no interior da es- cola, cujo nome é homenagem ao dia em que nasceu o herói nacional. A única coisa visível, para além de uma estrutura que se denuncia antiga, pelo estado da pintura castanha antiga, dos inúmeros rabiscos nas paredes e da falta de janelas e portas à entrada das salas, eram cidadãos a viverem as suas vidas de forma muito natural em suas residências.
Tem sido assim há quase 40 anos, concretamente desde 1984, quando o recinto ainda era um internato para formação de professores. Terminada a formação, no mesmo ano citado, segundo contaram os implicados, aos estudantes órfãos foram entregues residências anexadas à escola, uma vez que os mesmos não tinham para onde ir.
Zeferino Mukinda, de 51 anos, não foi directamente um dos contemplados, já que o seu irmão, por ser mais velho, foi transferido para o internato 17 de Setembro, depois de estarem ambos num internato no município do Cazenga (desde 1980), no qual Zeferino permaneceu. Sendo assim, depois do falecimento do irmão, Zeferino tornou-se “proprietário” da casa onde montou a família, composta pela esposa Gunga Mukinda e os seis filhos.
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