Catorze efectivos do Serviço Penitenciário na Huíla, entre os quais o comissário- prisional Miguel Arcanjo Pedro Gaspar, antigo director provincial do sector, começaram a ser julgados ontem, 22, na Câmara Criminal do Tribunal Supremo, por terem supostamente participado no assassinato de um recluso por ter alegadamente arrancado e engolido o dedo de um dos guardas durante uma briga
“Em sua defesa, o infeliz [Cipriano Cavella Daniel “Paus Pire”] mordeu o dedo anelar da mão esquerda de André Vieira, amputando-o e engolindo o respectivo pedaço”, afirmou ontem, em Luanda, o magistrado do Ministério Público, Luís Zanga.
Segundo a acusação, lida em audiência de julgamento, o guarda prisional Otiliandro Vanucchi Salvador e o recluso “Paus Pire” entraram em briga no dia 17 de Fevereiro de 2019, num dos corredores do bloco C do aludido estabelecimento penitenciário, quando o conduziam para a cela.
Isso após o recluso e dois companheiros de cela terem sido retirados do compartimento onde cumpriam uma sanção por alegada indisciplina, para serem ouvidos pelo especialista em reeducação que atende pelo nome de André Curiaquita, arrolado ao processo como declarante. No trajecto, o arguido Otiliano terá ordenado ao recluso “Paus Pire” que parasse e isolou-o dos seus companheiros de cela, alegadamente para o questionar por que razão o apontava como responsável por todas as sanções disciplinares a que sofria no interior penal.
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