Em Angola, um dos cinco países que não conseguiram erradicar esta doença parasitária causada pelo vírus dracunculus medinensis, verme longo de cor branca que chega a medir 60 a 100 centímetros, a infecção está a espalhar-se por 21 aldeias da província do Cunene
A informação foi avançada à Rádio Nacional pelo ponto focal da dracunculose da Organização Mundial de Saúde (OMS) no Cunene, Mavitindi Sebastião, que pediu vigilância contínua, controlo de animais suspeitos e distribuição de filtros pela população.
O consumo de água imprópria pela população do Cunene, que se vê a braços com a seca persistente, está na origem desta doença, que afecta animais e pessoas. Segundo a OMS, a doença não tem tratamento e a prevenção constitui a medida mais segura e eficaz para evitar a sua transmissão.
É uma preocupação de saúde pública devido aos seus efeitos debilitantes e ao impacto socioeconómico nas famílias. Em 2020, a dracunculose foi declarada endémica em Angola após a confirmação de casos e/ou infecções autóctones durante três anos consecutivos.