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Campanha de consultas e cirurgias maxilo-facial chega ao fim com resultados positivos e impacto social

A campanha maxilo-facial foi encerrada ontem numa cerimónia realizada no Hospital Josina Machel - Maria Pia, em Luanda. A campanha, que atendeu mais de 3.000 pacientes em quatro meses, é da iniciativa do MINSA e foi realizada em sete províncias do país com o objectivo de proporcionar atendimento especializado à população, com destaque para cirurgias maxilo- faciais

Jornal Opais por Jornal Opais
6 de Novembro, 2024
Em Sociedade
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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A missão, que percorreu os hospitais de sete províncias, nomeadamente Luanda, Cunene, Moxico, Huambo, Huíla, Benguela e Uíge, teve a participação de uma equipa composta por 41 profissionais de saúde, sob a coordenação do cirurgião maxilo-facial Agnelo Lukamba.

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A iniciativa, que ocorreu entre Julho e Outubro, atendeu mais de 3.000 pessoas de diversas faixas etárias, com foco especial em cirurgias de maxilo-facial, incluindo intervenções para a correcção de deformações graves.

Durante esses quatro meses de trabalho, foram consultados 3.373 pessoas de todas as faixas etárias, com grande impacto aos dos 0 aos 45 anos, disse Carlos Zeca, director-geral do Hospital Josina Mache – Maria Pia. “O balanço da acção foi positivo, com a realização de 3.373 cirurgias, sendo a fenda labial a condição mais diagnosticada entre os pacientes, com 2.553 casos”.

O director-geral do Hospital Josina Machel – Maria Pia, Carlos Zeca, destacou o empenho e a dedicação de toda a equipa envolvida na missão. “Essa árdua mas gratificante missão foi graças ao empenho abnegado, entrega, audácia e patriotismo de nossa equipa de 41 profissionais angolanos. Eles foram fundamentais para o sucesso desta campanha”, afirmou.

Impacto nas comunidades locais Durante a campanha, foi possível manter também um intercâmbio de troca de experiências e conhecimentos entre os profissionais de saúde, assim como reduzir o número de transferências de pacientes das unidades municipais para hospitais terciários, aliviando a pressão sobre os centros de saúde de maior complexidade, disse Carlos Zeca.

“Essa iniciativa não só beneficiou os pacientes, mas também proporcionou uma rica troca de conhecimentos entre os profissionais de saúde de diferentes regiões. Com isso, conseguimos oferecer um atendimento mais eficiente e reduzir as transferências para hopitais terciários”.

Apesar dos avanços, disse Agnelo Lukamba, coordenador da campanha, ainda há desafios a serem superados. Segundo o cirurgião maxilo-facial, mais de 330 pacientes em cada província aguardam por cirurgias em unidades hospitalares da rede pública que, em alguns casos, não possuíam infra-estrutura adequada para a realização de certos procedimentos.

“Infelizmente, não conseguimos atender todos os pacientes que precisavam de cirurgia, principalmente devido à limitação de tempo e de recursos em algumas unidades. Mas queremos retornar para continuar esse trabalho”, disse.

Cirurgias realizadas e pacientes beneficiados

Ao longo da campanha, mais de três mil pacientes com deformações faciais graves, como problemas na mandíbula, maxilar e garganta, foram submetidos a cirurgias correctivas. Além disso, as patologias mais comuns encontradas nos exames foram tumores na mandíbula, tumores da parótida, anquilose, lipomas, queloides, além do alto índice de HIV detectado nos exames pré- anestésicos.

“Todos os pacientes que apresentaram patologias cirúrgicas foram operados, enquanto aqueles que não atendiam aos critérios, receberam apenas consultas”, disse o cirurgião. A campanha de cirurgias e consultas, que se destacou pelo lema “Facilita a minha vida”, também registou um aumento no número de pacientes nas províncias onde foi realizada, com um fluxo crescente de atendimentos, especial- mente nas vésperas da partida da equipa.

A população, segundo os organizadores, foi amplamente informada sobre a presença dos profissionais de saúde, o que ajudou a organizar melhor os atendimentos e garantir que o maior número possível de pessoas fosse atendido.

A campanha pode ter terminado, mas a expectativa é de que ela seja retomada em breve para dar continuidade ao atendimento de pacientes que ficaram fora do alcance devido a limitações de tempo ou de infra-estrutura.

Agnelo Lukamba, coordenador da campanha, disse que novos planos estão a ser traçados para garantir que mais pacientes nessa condição possam ser atendidos. No final da actividade, que encerra a campanha supracitada, os profissionais envolvidos foram distinguidos com certificado de honra, assim como os parceiros e vários órgãos de comunicação social pela cobertura e divulgação das actividades levadas a cabo.

POR:Stélvia Faria

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