O garimpo de ouro há muito que é um dilema com o qual Angola, muito em particular o Serviço de Investigação Criminal (SIC) e a Polícia Nacional de Angola, tem-se debatido nos últimos anos. Também, nos últimos anos, cidadãos nacionais e internacionais têm sido constantemente associados a crimes de exploração ilegal de um minério que brilha, sustenta famílias, enche bolsos e põe pessoas atrás das grades. Luanda está a ser “invadida” por pessoas que compram (e vendem) ouro, alguns com (e outros sem) autorização
No conceituado mercado dos Congolenses, um grito que passa despercebido aos ouvidos de uns, mas que é origem da renda de outros, ainda que, dito desta forma, pareça engraçado. “Ouro machucado, fio de ouro, relógio, anel, estamos a comprar” ouve-se naquele mercado, timbrado do elevado número de gente a perambular de uma extremidade à outra, na busca de uma solução ou na compra de um produto.
sua maioria, os compradores de ouro são cidadãos estrangeiros oriundos da República Democrática do Congo (RDC), pese embora seja possível visualizar nalguns cantos do mercado, um ou outro angolano à procura de um material cuja composição é feita do minério que muito vale e brilha.
Sem fato e gravata, os empresários saem às ruas matinalmente e é nesta altura que as vozes, talvez tonificadas com litros avultados de águas, começam a ecoar em alto e bom som para despertar a atenção de quem esteja disposto a vender o produto dourado que tem consigo, quer seja dono ou não do mesmo. Horas mais tarde, o “louvor dourado” deixa de se ouvir, quando silenciado pela fraqueza da garganta e, noutros tempos, pela força do sol radiante.
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