O relatório da autópsia do recluso Cipriano Cavella Daniel, conhecido por “Paus Pire”, que perdeu a vida no dia 18 de Fevereiro de 2019, enquanto se encontrava sob custódia na Comarca do Lubango, confirma que a morte resultou de agressões físicas que terá sofrido por parte dos especialistas da Unidade Especial de Segurança e Intervenção (UESI) daquele estabelecimento
O referido documen- to atesta que foram registados no corpo da vítima fortes sinais de espancamento em todas as regiões, e indica como causa da morte a asfixia por bronco-aspiração, em consequência de choque álgico (reacção intensa do organismo a uma dor aguda e muito forte), por mecanismo de acção de natureza contundente.
Tal conclusão contraria as informações prestadas pelos arguidos, que alegam que o malogrado perdeu a vida por outros factores, conforme consta nos seus depoimentos anexos ao processo-crime em julgamento na Câmara Criminal do Tribunal Supremo.
Depois de realizada a autópsia, no dia seguinte à morte, o então director provincial do Serviço Penitenciário na Huí- la, Miguel Arcanjo Pedro Gaspar, decidiu, alegadamente, prestar todo o apoio necessário para o sepultamento do cadáver — atitude diferente da adoptada noutros casos ocorridos naquela unidade prisional.
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