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Autista superada compromete-se a ajudar os outros na auto-afirmação

A defensora vale-se da condição de ser uma pessoa com o mesmo transtorno que conseguiu superar-se parcialmente para melhor entender as motivações dos indivíduos da mesma classe

Alberto Bambi por Alberto Bambi
27 de Setembro, 2024
Em Sociedade
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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Autista superada compromete-se  a ajudar os outros na auto-afirmação

A jovem de 27 anos de idade, Priscila Paulo, prontifica-se a ser a porta-voz de um grupo de autistas, que recebe instrução diária no Centro APEGADA-Angola, em Luanda, a fim de ajudá-los a alcançar os seus sonhos académicos, profissionais e familiar.

“Tive uma infância não muito débil, caracterizada com tremores regulares nas mãos e uma pequena parte do cérebro amputada, que não me permitia pensar como os outros tidos como normais. Mas isso não me faz ser excluída da sociedade. Faz-me, sim, sentir-se inclusa”, contou Priscila Paulo, acrescentando que, por causa disso, está disponível para ajudar a melhorar a vida de outras pessoas que também estão nesta etapa da vida.

A entrevistada, que considera ser muito difícil avançar sozinho em Angola, detalhou dizendo que o seu apoio passará por dar conselhos, apresentar a sua história de vida e conceder técnicas de expressão e manifestação apropriadas aos indivíduos dessa classe.

Priscila Paulo conta com os subsídios e a personalidade profissional adquirida durante a sua formação na especialidade de Serviços Sociais, para ter êxitos na aplicação do referido programa de apoio. Segundo ela, os jovens com  distúrbio de neuro-desenvolvimento, caracterizado por desenvolvimento atípico e necessidades especiais do fórum neurológico, são bastante proactivos, destemidos e cheios de energia interior para libertar.

“Infelizmente, muitas pessoas que se dispõem a ajudá-las pensam que devem fazer as coisas por elas, quando a fórmula é deixá-las fazer”, disse Priscila, alegando que, quando devidamente orientados, apresentam melhores resultados.

A assistente social, que frequentou a licenciatura no Instituto João Paulo II da Universidade Católica de Angola, disse que, durante a sua formação, os professores e colegas deixavam-na experimentar e executar tudo sozinha. E, por causa disso, tornou-se na especialista que é actualmente, com competências que considera acima da média.

“Essa é a principal razão que me faz levar a cabo esse compromisso, pois, o meu desejo é ver outras pessoas da minha condição a estudarem e especializarem-se nas áreas que querem, a trabalharem nos sectores que sonharam, a constituírem famílias, sem dependerem muito de terceiros”, desabafou Priscila Paulo”, asseverando que, quando isso acontecer, haverá mais autistas a ajudarem a classe.

Testemunhada capacidade de advocacia

Para a directora da Associação Angolana de Apoio a Pessoas no Espectro Autista e Transtorno Global de Desenvolvimento (APEGADA), Arsénia Figueira, Priscila Paulo constitui orgulho da associação e um exemplo a seguir.

“Quando ela apresentou o desafio de se formar, ao nível superior, é claro que nós não nos opusemos, mas chegamos a pensar que teria muitos obstáculos. Só que a alegria e a disposição que ela transportava diariamente da faculdade nos reanimou”, disse a directora da APEGADA-Angola.

Arsénia Figueira recordou que a vontade de Priscila de advogar a causa dos seus congéneres data desde quando ainda frequentava os primeiros anos da faculdade, razão pela qual a direcção do centro lhe pediu para terminar primeiro o curso.

“O nosso espanto foi saber que, no seio escolar, ela já tomava essa abordagem como temas de trabalho, apresentando e defendendo os critérios científicos com os quais devia contar para pôr o pleno em acção”, frisou Arsénia Figueira.

Com o projecto de Priscila Paulo, um dos objectivos da APEGADA, que consiste na auto-orientação dos autistas, fica mais claro, porque vai ter uma pessoa que vive ou viveu os mesmos transtornos neurológicos a interagir directamente com os autistas.

Alberto Bambi

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