A pretensão do Governo em retirar os lotadores, jovens que auxiliam na busca de passageiros para os táxis e na organização das paragens, por alegado envolvimento nos actos de vandalismo, pilhagem e arruaça registados recentemente, sobretudo em Luanda, tem gerado contestação por parte da Associação dos Taxistas e Lotadores de Angola (ATLA), que alerta para o risco de se criar um novo problema social
O presidente da ATLA, Leonardo Pascoal, considera negativa a pretensão e defende que a maior parte dos lotadores encontrou nessa actividade uma forma honesta de subsistência, após passagem por situações de marginalidade. “Foram jovens que, no passado, tiveram comportamentos indecorosos e até problemas com a justiça.
Mas, com o nosso trabalho de organização, cadastramento e acompanhamento, conseguimos mudar muitos comportamentos. Hoje, eles estão integrados no sector do táxi, de forma cooperada e organizada”, afirmou. Leonardo Pascoal teme que, sem alternativas de rendimento, muitos desses jovens regressem à criminalidade.
“Se os retirarmos das paragens e não os acomodarmos noutra actividade, estaremos a criar outro problema. Já sugeri ao director do gabinete provincial dos transportes, tráfego e mobilidade urbana, Sérgio de Assunção José Sachicuata, que o governo nos ajude a organizar melhor esta função, que não é nova.
POR: Stélvia Faria
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