De acordo com o director-geral do CDC África, Jean Kaseya, durante a reunião virtual convocada pela União Africana (UA), actualmente o continente recebe pouco mais de metade desta quantidade, pelo que, apela ao aumento da produção local.
Segundo dados avançados esta quinta-feira pela UA, África registou, de janeiro a maio do ano corrente, cerca de 130 mil casos de cólera e 2.700 mortes, o que o torna o continente mais afectado, representando 60% dos casos globais e mais de 93% das mortes provocadas pela doença.
Durante a reunião, cerca de vinte países assumiram o compromisso de eliminar a doença, incluindo Angola e Moçambique, até 2030. Para isso, os representantes de alto nível de Angola, Moçambique, Zâmbia, República Democrática do Congo, Namíbia e outros países uniram-se a OMS, Unicef, Gavi e o Fundo Global para definir uma estratégia comum de combate à doença.
Na abertura do encontro, Mahmoud Ali Youssouf, presidente da Comissão da UA, exortou à mudanças sistémicas para eliminar a cólera, defendendo maior investimento interno, acções coordenadas e produção local de vacinas.
O Presidente da União Africana e da República de Angola, João Lourenço, destacou a importância de investir em água potável, saneamento básico e sistemas de saúde, sublinhando que este é o momento para transformar desafios históricos em oportunidades de desenvolvimento.