O administrador municipal do Musssende (Cuanza-Sul), Agostinho Mykas Mikinho, admitiu, em entrevista a este jornal, à margem do encerramento da V edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, que o mel se afigurou como uma espécie de «diamante» para o seu município durante os dias de exposição e diz ter levado o que de melhor a região tem para oferecer. A região na algibeira quatro prémios e, na hora do balanço, o administrador considera ter sido positivo.
O administrador do Musssende admite terem obtidos aquilo que qualificou de bons resultados, resultante da das potencialidades agrícolas expostas na Feira dos Municípios e Cidades de Angola, que fechou, ontem, segunda-feira, 11, as suas portas. Durante o certame, quem passasse pelo stand do município, que tem Agostinho Mikas como titular do órgão de gestão, divisava vários produtos agrícolas, com destaque para milho, feijão, tubérculos, para além de apicultura, com o mel afigura-se como uma espécie de «diamante» da região, tendo atraído vários visitantes.
"Para nós, Musssende, a par do diamante, a nossa bandeira, o cartão de visita, o mel e o hidromel. A nossa bancada foi bastante concorrida, fundamentalmente por estes dois produtos", refere.
O município também levou à feira cascalho, resíduos provenientes da exploração de diamantífera. Os gestores saíram da feira com uma mão cheia de prémios, por terem sido distinguido em várias categorias, com destaque para as de cooperativas de jovens empreendedores, saúde e biodiversidade (devido à riqueza da sua flora).
"O prémio é para coroar e valorizar o trabalho dos motoristas das ambulâncias e não só. O município só nos últimos dias é que aumentou o número de médicos", justifica, ao dar nota de que a distinção, sobretudo na categoria de saúde, se deveu, fundamentalmente, ao sacrifício consentido por técnicos no que refere à prestação de saúde à população local.
Ele refere que, em função dos prémios arrebatados, "aumentou o volume do número de pessoas que procuravam pelo stand do Musssende", ressalta.
De acordo com Agostinho Mikas, o seu município, que tem uma população estimadas mais de 80 mil habitantes, limitado, a leste, pela província de Malanje, e sul, pela a do Bié, está a desenvolver acções tendentes ao fomento à produção de feijão.
"O feijão do Musssende é tido como um dos melhores. E há uma procura muito grande. Hoje, devo confessar-lhe, não é fácil encontrar feijão no Musssende, porque os compradores quase que se instalaram a partir das lavras", explicou ao O PAÍS, à margem da cerimónia de encerramento da FMCA, tendo assegurado que a Administração Municipal do Musssende, em função das projecções definidas, tem engajado famílias camponesas para a produção do grão.
POR: Constantino Eduardo, em Benguela