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‘Papá disse que todo pai que ama a sua filha faz sexo com ela’

Jornal Opais por Jornal Opais
10 de Janeiro, 2018
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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O drama de F.C. e sua irmã F.T., uma de 15 e outra de oito anos, que sofreram abusos sexuais perpetrados pelo pai, de 40 anos de idade, tendo uma delas ficado grávida e denunciado-o violador, que neste momento encontra-se detido, após cinco anos de abusos constantes.

POR: Romão Brandão

F. C., de 15 anos, carrega consigo uma gestação de três meses, resultante da violação sexual de que tinha vindo a sofrer, desde os seus 10 anos, praticada pelo seu progenitor, Borges dos Santos Vicente, de 40 anos. Ao lado de sua irmã, F.T., de oito anos, que tinha vindo a ser abusada desde os três anos. A adolescente contou ao Jornal OPAÍS os momentos dolorosos por que passaram enquanto viviam com o pai. Várias foram as vezes que foram abusadas, tanto as duas quanto as outras três irmãs suas, agora com 11, 13 e 18 anos de idade. As irmãs de 11, 13 e 18 anos fugiram para junto de suas mães por causa dos abusos sexuais, tendo inclusive a mais velha denunciado o pai, mas a mãe não acreditou nas suas palavras.

A adolescente de 15 anos procurava entender o motivo que levava o progenitor a abusá-las, e este respondia-lhe que “todo pai que ama a sua filha faz isso, para não fazer com as pessoas de fora”, revelou enquanto timidamente esfregava as mãos. Ela não conhece a mãe, nunca a viu, e dela o pai nunca falou, apenas sabe que se chama Fátima. Já a sua irmã é orfã de mãe. Durante dois meses, o pai manteve em casa um quimbandeiro para fazer-lhe tratamentos, tendo este matado uma galinha e obrigado a adolescente a banharse com o sangue da ave e água de mamoeiro. Durante este período, o pai abusava-a usando um medicamento e pediu-lhe que aceitasse envolver-se sexualmente com o quimbandeiro, tendo esta negado.

O ritual era para que o pai tivesse boa vida e no momento do banho de sangue a madrasta viu, tentou intervir, mas Borges não permitiu e acusou-a de contribuir para o insucesso na vida ou que estivesse a ser enfeitiçado. Estes e outros comportamentos, como adultério com outras mulheres que levava à casa, flevaram a madrasta a abandonar o lar. Mesmo antes de viverem juntas, a mais velha das cinco irmãs já tinha sido inúmeras vezes violada, e planeava denunciar o pai. Acabou fugindo de casa. O pai, nunca lhes permitiu sair de casa, nem mesmo para brincar com outras crianças do bairro, sob a alegação de que “na rua tem muita gente perigosa”. Ainda assim, a adolescente tentou fugir de casa e dirigiu-se à esquadra da Polícia mais próxima para denunciar os abusos do pai. Borges, agora detido, pediu que as filhas o desculpassem e pensassem bem no que estavam a fazer.

A vizinha que desconfiava do caso

Neste momento, uma vizinha tem estado a acompanhar as duas meninas e elas estão sob os seus cuidados. É uma vizinha que foi cliente assídua de Borges, uma vez que este vendia material de construção num mercado vizinho. “Curiosamente, fui acompanhado as meninas e o pai, também porque eles algumas vezes comiam no meu restaurante. Desconfiava de algumas coisas, principalmente quando mudaram de casa, e, em determinada altura, a adolescente respondia mal ao pai e dava-lhe olhadas”, conta ela, que prefere o anonimato. Em Novembro do ano passado, Borges foi queixar-se à vizinha que três meninas suas lhe tinham roubado 400 mil Kwanzas e refugiaram-se na madrasta, em Saurimo.

“Afinal estava aflito, pois desconfiava que seria descoberto, em Saurimo, que violava as filhas”, disse. Foi nesta altura que descobriram que a adolescente de 15 anos estava grávida. Elas não conhecem nenhum outro familiar paterno, senão o avô que apareceu há uma semana e diz que poderá cuidar delas, levando- as ao Cuando Cubango. O avô tem pretensão de abortar a gravidez, mas foi desaconselhado pelo INAC e a Polícia que acompanham o caso. A vizinha revela que a adolescente muitas vezes não aceita comer, com medo, e por causa do trauma. Está aberta à ajuda de gente de boa vontade, e por isso deixa o seu terminal telefónico, o 912213422, bem como o do avô das meninas, o 925140298.

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