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Mais de 10 milhões de Kwanzas para combater o lixo e o crime na Mabunda

Jornal Opais por Jornal Opais
8 de Fevereiro, 2024
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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Mais de 10 milhões de  Kwanzas para combater o lixo e o crime na Mabunda

A solução para os amontoados de lixo e os roubos, na Mabunda, foi priorizada pela recém-empossada administração do principal mercado pesqueiro em Luanda. Os utentes retratam um lugar mais limpo e seguro, e o novo administrador, Jeremias Lucas, diz que os ganhos resultam de um investimento de mais de 10 milhões de kwanzas

A caminhada está mais fluida. Os braços das pessoas que circulam por aquele lugar estão soltos e há mais cadência do corpo, que se pode mexer com toda a normalidade, diferente de uma realidade recente em que alguns tinham de andar com os dedos indicador e polegar a apertar o nariz, por conta do forte odor provocado pelo lixo espalhado.

No local, assiste-se a homens e motorizadas em movimento, no cumprimento da missão de manter a higiene do espaço utilizado, diariamente, por centenas, ou milhares de pessoas, entre clientes, vendedeiras e trabalhadores de diversas áreas daquele centro informal de comércio. Entre as bancadas, onde está a ser comercializado carapau e outros tipos de peixes, já não se verificam lixos espalhados, sem o devido cuidado. Os funcionários contratados pela administração garantem, constantemente, a organização dos resíduos sólidos. São 15h13 minutos, indica o relógio.

Porém, embora a maior parte da actividade já tenha sido realizada — desde a compra de pescado aos homens do mar à preparação e venda do produto ao consumidor final —, o espaço está limpo. Facto curioso, pois os vendedores dizem ser o período em que se observa muito lixo. Por outro lado, os roubos e furtos parece diminuir também. Os passantes andam a manejar os seus telefones, despreocupada mente. A razão deve-se ao facto de estar a circular, no mercado, uma informação que dá conta de que foram feitos investimentos, no capítulo da segurança e reduziram os assaltos.

A vendedora no mercado pesqueiro Eugénia Jamba admitiu a existência de um clima de tranquilidade e de segurança, garantindo que, actualmente, pode deixar a sua bancada com peixe para realizar outras actividades e encontrar a propriedade intacta. A comerciante no espaço há décadas afirmou que tudo se deve ao número de fiscais que foram colocados a circular pela administração, que gere o mercado desde Novembro de 2023. “A segurança está boa, porque, neste momento, posso sair e deixar o meu negócio, e ao voltar ninguém mexe no peixe. Antes, nem poderíamos dar as costas, quando assustar, o peixe foi roubado. Por vezes, mesmo sentada na bancada, por mínima distracção, o peixe é roubado”, avançou.

Zona de escalar peixe mais limpa

João Cassule, de 36 anos, trabalha no mercado da Mabunda há cinco anos. Esposo e pai de três filhos, o jovem conta que é com os quatro ou cinco mil kwanzas diários que ganha do seu serviço de tratar de peixes que sustenta a sua família. Com a sua faca à mão, este cidadão deixa, diariamente, a sua casa, no Golf 2, às 5 horas, para ir ao mercado ganhar a vida com dignidade. O responsável lembrou que a higiene esteve sempre em falta na sua secção de trabalho, porque os funcionários estavam com dificuldades de operar por insuficiência de material.

No entanto, Cassule referiu que, hoje, o sector está com melhores condições de saneamento, por conta dos esforços que a administração imprimiu ao adquirir meios de trabalho, como motorizadas, para os homens colocados na área que deve garantir um ambiente sadio ao espaço. “O meu trabalho é escamar e escalar o peixe. Aqui, nos últimos dias, a higiene está a melhorar, porque agora os homens da limpeza passam com maior frequência”, adiantou.

Restabelecida energia da rede pública

Buchete Capita, gerente de uma fábrica de gelo, reconhece melhorias a nível do mercado, fundamentalmente com a nova direcção do espaço comercial, que, como disse, está a apostar em vários aspectos que há muito estavam esquecidos. O responsável apontou o restabelecer da energia eléctrica da rede pública como um dos principais ganhos que beneficia o seu negócio, uma vez que, através desse bem, perde a necessidade onerosa de investir, todas as semanas, na compra de combustível para alimentar o gerador.

“Antigamente, nós trabalhávamos com um gerador de 250 kVA e tínhamos muita dificuldade por causa do combustível. Tínhamos de comprar, semanalmente, três mil litros de combustível. Mas, com a energia no Mercado, as coisas melhoraram muito. Já não temos problemas na máquina”, exclamou Políticas de empregabilidade Osvaldo Francisco, fiscal de trânsito, mostrou-se satisfeito pelo facto de ter sido empregado com um contrato de trabalho assinado pela administração do mercado. O jovem, antes, dependia da sorte para ser chamado pelas comerciantes a descarregar mercadorias e, com este trabalho, receber cerca de até 2 mil kwanzas.

Mas, além do facto de ter de se levantar às 4 horas, encontrava dificuldades para garantir o sustento da família, uma vez que estes trabalhos não surgiam todos os dias. Empregado e feliz, Osvaldo, hoje, dedica-se à orientação e supervisão de viaturas, no parque de estacionamento do mercado. “Antes de ser contratado pela nova direcção, acordávamos às 4 horas e esperávamos as mães que vinham do Kapossoca, Ilha e Soyo. O meu trabalho era descarregar as mercadorias das mães que vinham com carrinhas e nos davam uns quinhentos ou mil kwanzas”, recordou o jovem que, actualmente, é assalariado.

Um mercado com nova imagem

Os problemas como a falta de segurança para os clientes e vendedeiras, energia eléctrica e falta de saneamento básico, no mercado da Mabunda, foram resolvidos com mais de 10 milhões de kwanzas. Segundo o administrador do mercado da Mabunda, Jeremias Lucas, quanto à falta de segurança no seio da praça, existia na entrada do mercado um grupo de jovens que muitas vezes são tidos como delinquentes e que se predispunham em correr atrás dos carros para dirigir as pessoas à área do comércio.

Esta era uma preocupação, mas para não os retirar do mercado, visto que muitos são responsáveis de famílias, a equipa que dirige teve a iniciativa de organizar os jovens fazendo um cadastramento. Actualmente, têm um coordenador que controla todos, se alguém estiver envolvido nalgum crime será identificado e responsabilizado. “No interior do mercado, antes existia um grupo de jovens que pegavam lâminas e rasgavam as pastas dos clientes, roubavam os seus pertences, para além de rasgarem os sacos de compra para roubarem peixe.

Este cenário já não se regista”, esclareceu. Uma das apostas da nova direcção foi retirar muitos jovens do mundo da delinquência e darlhes um trabalho, com um salário para sustentarem as suas famílias. Alguns foram enquadrados como inspectores do mercado, por exemplo, e hoje não podem estar envolvidos em crimes senão serão sancionados pelos recursos humanos.

Restruturação do posto policial

O administrador Jeremias Lucas avançou ainda que, no sentido de oferecer mais segurança às pessoas que frequentam o espaço, o seu pelouro decidiu investir na colocação de um contentor, devidamente equipado, para albergar efectivos da Polícia Nacional, naquele mercado. Afirmou que agiu neste sentido porque, anteriormente, os efectivos estavam alocados numa rulote que não conseguia abrigar mais de três operacionais, que, em tempo chuvoso, eram obrigados a abandonar o posto para procurarem refúgio na capitania.

Os investimentos resultaram em maior tranquilidade na zona, de tal sorte que, como disse, os que frequentam o mercado, hoje, circulam com os seus telemóveis e outros bens, sem qualquer sentimento de insegurança. De acordo com a fonte, no que diz respeito à higiene do mercado, foi tomada a decisão de fazer um investimento na ordem de 2 milhões e quatrocentos kwanzas, para a compra de duas motorizadas de três rodas, e foram entregues à área do saneamento. “Os investimentos feitos para a melhoria das condições do mercado, até ao momento, incluindo as operações de reestruturação do posto policial, estamos a falar em mais de 10 milhões de kwanzas”, revelou o responsável.

POR: Jaime Tabo e Maria Custódia

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