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Em 100 animais observados,20 são impróprios para o consumo

Patricia Oliveira por Patricia Oliveira
21 de Abril, 2023
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 5 mins de leitura
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Uma infecção que ataca várias partes do corpo do animal, como vasos sanguíneos, trato gastro-intestinal, pulmões e fígado conhecido por fascíola hepática é uma das razões que, segundo os veterinários, pode causar tuberculose ao homem

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Diariamente, dezenas de camiões transportam do Sul do país para Luanda centenas de animais de diferentes espécies, particularmente os bovinos, cujo destino são os diferentes matadouros espalhados em diferentes localidades da capital. Entretanto, muito se questiona sobre a sanidade destes animais, entre várias razões, por falta de um acompanhamento nos locais de origem e as condições de transportação.

Num dos vários matadouros que a reportagem do jornal OPAÍS visitou, encontramos o médico veterinário do Ministério da Agricultura e Florestas, Lukano Mumabote, que disse que entre 100 animais observados 20 são impróprios para o consumo humano, por apresentarem fascíola hepática. A fascíola hepática é uma infecção que ataca várias partes do corpo do animal e até de humanos, como vasos sanguíneos, trato gastro-intestinal, pulmões e fígado que torna o animal impróprio para o consumo. Há alturas em que os casos aumentam o número de animais doentes que, normalmente, apresentam falta de desparasitação.

“Em 100 animais, dependendo das manadas, pode ter a presença de 40 cabeças com parasitas. Mas no geral, consideramos 20% de aparição de casos de animais com parasitas ou a cientificamente chamada por fascíola hepática ”, sublinhou. Entretanto, os casos podem ser maiores, pois o técnico do Ministério da Agricultura admite a existência de vários matadouros clandestinos, cuja vigilância sanitária ou a presença de um veterinário é inexistente, mas que a carne é vendida, preferencialmente, nos mercados informais.

“Os serviços veterinários não conseguem controlar as doenças que assolam o gado, quando os criadores, ao invés de irem aos matadouros, fazem o abate em locais clandestinos sem fazer qualquer exame sobre o estado de saúde do animal”, realçou. Sublinha que o abate clandestino de animais não cumpre com o processo tecnológico para a produção de carne, nomeadamente a inspecção registada, e higiene do local, representando, por isso, um alto risco para a saúde pública. Constituindo um problema de saúde pública, Lukano Mumambote realça que os abates de animais que ocorrem em locais impróprios, sem condições adequadas de higiene e sem a vistoria veterinária, podendo isso ter como consequência principal a contaminação de humanos com tuberculose.

“O maior risco para a saúde pública é a contaminação de pessoas com doenças como a Tuberculose, brucelose, febre aftosa, raiva, salmonela, toxoplasmose, intoxicação alimentar que podem ser contraí- das pelo consumo da carne de animais infectados”, acrescentou. Por outro lado, o interlocutor relata que o surgimento de matadouros clandestinos tem diminuído a quantidade de clientes nos locais certificados, uma situação que contrasta com a realidade verificada nos mercados informais. “Registamos baixa no abate de bovinos/mês por motivos de vária ordem, desde o difícil acesso ao local, falta de poder económico e o surgimento de matadouros informais”, relatou.

Nove matadouros só no Km 30

Artur da Costa, vendedor de gado bovino no campo de vendas do mercado do km 30, disse que para os animais chegarem até aos postos de venda vêm acompanhados de guia médica. “Não recebemos animais de forma clandestina, todos os animais que nos chegam são certificados, e localmente faz-se apenas a inspecção da carne”. “Aqui no mercado do km 30 temos médicos veterinários para os nove matadouros, alguns contratados e outros pertencentes ao Ministério da Agricultura”, sublinhou.

Artur da Costa queixou-se das dificuldades e do valor exorbitante que foi afixado para a transportação dos animais pelos camionistas do Sul de Angola para Luanda. “Pagamos 500 a 700 mil kwanzas para transportação de 50 cabeças de bois ou menos que isso”. “Não importa quantas cabeças de- sejas enviar para Luanda, o valor começa mesmo a partir de 500 mil kwanzas em diante”, lamentou. Artur da Costa sublinha que o Governo junto do Ministério dos Transportes deviam olhar para esta dificuldade para que se reduza a taxa fixa para a transportação dos animais.

O vendedor aclarou que as vacas que lhes são fornecidas são sem aviteiros (vacas leiteiras), que acabam por ter um valor baixo no mercado. Também vendedor de bois no mesmo mercado, Francisco Caionda sublinha que não consegue precisar quantos animais vendem por dia, porque há semanas que não vendem nada. João Fernandes de 40 anos de ida- de, vendedor de bovinos há 10 anos, conta que a venda no interior é feitas por criadores domésticos e vendem a pessoas singulares que têm os seus pontos de vendas no principal mercado do país.

Incumprimento pode levar ao fecho dos matadouros

O administrador do mercado do 30, António Domingos ‘Toni Mulato’, disse ao jornal OPAÍS que diariamente são abatidas mais de 3 mil e 510 cabeças de gado. No entanto, as condições não são as melhores, o que poderá levar o encerramento dos matadouros, caso não se cumpra com as exi-gências Com 3448 vendedores, o mercado do Km 30 lidera a venda de gado em Luanda.

Os bovinos vêm de várias regiões do país, com destaque para Huíla, Cunene e Benguela. Os preços tem a ver com a dimensão do animal e podem custar de 150 a um milhão de kwanzas. Segundo o responsável, quem controla o funcionamento dos matadouros não é o Ministério da Agricultura, contando cada um dos nove matadouros com dois veterinários.

Disse, igualmente, que os matadouros correm o risco de serem encerrados, pelo facto de os proprietários não cumprirem com as orientações impostas como limpeza, máquinas próprias para o abate e outros. Entretanto, por falta de responsabilidade dos proprietários dos matadouros que não cumprem as orientações, alguns matadouros podem ser encerrados, particularmente com os serviços veterinários que fazem a gestão dos matadouros e cobram as taxas.

Venda da carne a retalho

Luciana Cardoso, vendedora de carne de boi retalhada há 20 anos em diferentes mercados do município de Viana, conta que as vendas têm sido difíceis devido à oscilação que tem havido no preço do animal. “Geralmente, compro o boi no mercado do Km 30 ou na Funda, mas desde o final do ano passado até agora, os animais subiram muito e está muito caro, sendo que até o princípio do ano passado comprávamos a 200 mil kwanzas, mas agora o preço varia de 380 a 450 mil.

A comerciante reclamou da baixa que estão a ter na venda, uma situação que, segundo ela, é influenciada pela qualidade da carne que é comercializada nos pequenos mercados. No matadouro do mercado do Km 30, geralmente, vende-se o braço do animal e a perna a 80 mil kwanzas, o pescoço 40 mil kwanzas, costela 25 mil kwanzas, o lombo ou mesmo a cabeça a preços diversos.

Patricia Oliveira

Patricia Oliveira

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