Assinala-se hoje o terceiro dia do mês de Setembro. Agosto mal franqueou as portas, espera-se que este mês seja melhor que o anterior, ou até mesmo que os demais já passados no presente ano de 2024. É assim que devem estar a pensar muitos angolanos.
Mas, para certos habitantes de Luanda, se se chegasse imediatamente ao mês de Outubro seria ouro sobre azul, como se soe dizer. Durante alguns meses, a cidade de Luanda viu-se confrontada com uma série de alterações no trânsito, engarrafamentos e outros problemas resultantes de tal condicionamento, por conta das obras que se verificam ainda nas estradas do Patriota, Pedro de Castro VanDúnem ‘Loy’ e 21 de Janeiro.
Porém, esta situação gerou- ou ainda gera- inúmeros descontentamentos, sobretudo para quem tem de necessariamente se levantar cedo todos os dias ou regressar à sua residência sob o manto de congestionamento que muitas das vezes se parecem quase intermináveis. Apesar dos constrangimentos, como diz a velha máxima, há males que vêm para bem.
E é o caso do que se passou nos últimos dias, prevendo-se o término da obra ainda este mês e, consequentemente, com o aumento substancial de fornecimento de água potável a cerca de 40 mil pessoas na capital do país a partir do mês de Outubro.
Entre os beneficiários estão, segundo informações avançadas ontem pelo porta-voz da Empresa Pública de Águas de Luanda (EPAL), os bairros Morro Bento I e II, Inorad, Embondeiro, Huambo, Futungo de Belas e Kawelele, que irão beneficiar do precioso líquido 25 anos depois. A partir do centro de distribuição de água do Morro Bento, instalado na antiga Unidade de Guarda Presidencial (UGP).
O mesmo responsável, citado pela revista Economia e Mercado, afirmou que “estas zonas vão começar a sentir os efeitos positivos dos projectos a partir de Outubro deste ano, o que quer dizer que a interligação será feita na rede do Projecto 700.000 Ligações, que nunca beneficiou de água”.
As ligações domiciliares instaladas abrangem vários bairros da província de Luanda, que vão receber água com a conclusão dos projectos do Centro de Distribuição de Água da UGP, Bita e Quilonga Grande, uma vez que os três projectos deverão eliminar o défice de 58% de cobertura de distribuição de água via rede pública na província de Luanda.
A escassez de água em muitos bairros da capital e noutros pontos do país tem sido uma das maiores preocupações avançadas pelos cidadãos, à semelhança de muitos que vivem no Morro Bento. Em Junho, o Presidente da República, João Lourenço, visitou os projectos que permitirão que Luanda tenha mais água, tendo dito que cerca de dez milhões de habitantes vão beneficiar deste bem na província de Luanda, até 2027, após a conclusão dos projectos Bita e Quilonga Grande