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Dom Óscar Braga, o bispo que ordenou mais de 300 padres

Jornal Opais por Jornal Opais
7 de Abril, 2018
Em Sem Categoria
Tempo de Leitura: 6 mins de leitura
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Aos 87 anos de idade, é considerado o pai, conselheiro e amigo pelos benguelenses que não esquecem o facto de ser o bispo da CEAST que mais ordenou sacerdotes

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POR: Alberto Bambi

Nascido a 30 de Setembro de 1931, o cidadão que responde pelo nome de Óscar Lino Lopes Fernandes Braga, chegou a Benguela como bispo em 1975, em substituição da pridiomeira entidade episcopal a dirigir aquela diocese da Igreja Católica, Dom Armando Amaral dos Santos, que falecera em Outubro de 1973. Naquela altura, a Diocese de Benguela não possuía nenhum sacerdote diocesano local, facto que inquietou o novo bispo que, imediatamente, resolveu apurar os finalistas do curso de Teologia no Seminário Maior de Cristo Rei do Huambo, onde evoluíam, com bastante sucesso, alguns seminaristas maiores encaminhados pela então jurisdição eclesiástica das terras de Ombaka, conforme o prelado referiu.

Foi assim que, saídos dessa academia religiosa, os para-sacerdotes Venâncio Branco, José Nambi, Augusto Félix Salassi e Joaquim Tchinguelessi (os dois últimos pertencentes à congregação dos Padres Saletinos) abraçaram a vontade do bispo Dom Óscar Braga, que se pôs a negociar com os seus superiores para a marcação das datas de ordenação sacerdotal. Apesar de ter sido o mais novo entre os quatro ordenandos, Venâncio Branco foi o primeiro padre a ser ordenado pelas mãos de Dom Óscar Braga e o primeiro sacerdote diocesano de Benguela a começar o ministério sacerdotal, a 11 de Julho de 1976. Os outros dois diáconos saletinos apenas sentirão a imposição das mãos do actual bispo emérito para a ordem do sacerdócio 14 dias depois, na Missão da Catumbela. Já José Nambi, actual Bispo da Diocese do Cuito, ordenou-se padre a 15 de Agosto do mesmo ano. Depois disso seguiram-se as ordenações de outros tantos que marcaram as décadas de 1980, 1990 e de 2000 a 2009, época em que mais houve ordenações, até atingir-se a cifra 302.

Este número de ordenações sacerdotais foi confirmado pelo actual secretário da Dioceses de Benguela, Romão Caonda, que, por sinal, faz parte do último grupo de sacerdotes ordenados pelo entrevistado de OPAÍS, em 2015, já depois de Óscar Lino Lopes Fernando Braga chegar a bispo emérito. Este testemunho é dado por outros sacerdotes que aconselham passar a interpretação do quantitativo para o qualitativo. “Não se deve só olhar para o número, mas pelo trabalho local e missionário que os padres da diocese prestam”, observaram os sacerdotes. Refira-se que entre os padres que ordenou na sua área de jurisdição, três se tornaram bispos ainda por via de suas augustas mãos episcopais, nomeadamente, Dom José Nambi, Mário Lukunde e Emílio Sumbelelo, actuais bispos das dioceses do Cuito (Bié), Menongue (Cuando Cubango) e do Uíge. “Antes da Independência só havia oito dioceses, designadamente a de Luanda, Malanje, Nova Lisboa (Huambo), Sá da Bandeira (Lubango- Huila), Serpa Pinto (Menongue – Cuando Cubango), e Silva Porto (Cuito – Bié), bem como as de Luso e São Salvador-Carmona, respectivamente os actuais Luena- Moxico e MBaza Congo e Uíge.

Teologia no Bom Pastor

Para atingir tal desiderato, numa primeira fase, Dom Óscar teve de reforçar o envio de seminaristas para o Seminário Maior de Filosofia e Teologia no Huambo, de modo a manter a regularidade de quadros com capacidade e vocação missionária passíveis de serem ordenados diáconos e, posteriormente, ao sacerdócio. “Entretanto, preocupava-me o facto de, depois da ordenação, os jovens padres entrarem em conflitos com as duas realidades, uma ligada ao ritmo de vida e convivência da região onde eram formados, outra tendente aos diferentes hábitos e costumes da população local de Benguela, a terra nativa onde os sacerdotes diomeira cesanos tinham de exercer o seu ministério”, explicou Dom Óscar Braga, tendo adiantado que, depois da paz de 1992, a sua preocupação encontrou alívio na decisão da Diocese do Huambo que já não conseguia mais suportar os seminaristas de Benguela, alegadamente por dificuldades logísticas.

O Bispo que, antes dessa temporada, já tinha conseguido implementar o Curso Superior de Filosofia no Seminário do Bom Pastor, alcançou mais uma proeza, a partir de 1995, quando viu os seus finalistas filósofos que usavam a denominação de São Domingos a prosseguirem com o Curso Superior de Teologia no seminário local, ao mesmo tempo que os Dominicanos se tornavam no primeiro grupo a frequentar a última especialidade universitária que catapulta os formandos para o diaconado e, consequentemente, para o sacerdócio.

Dócil e exemplar para aumentar graças

O primeiro padre ordenado pelo segundo Bispo de Benguela manifestou- se radiante pelo facto de ocupar um lugar que a história religiosa e católica da cidade das Acácias Rubras não há-de apagar, mas confessou que, logo a seguir à ordenação, sentiu o peso da responsabilidade que tinha aceitado. “Depois da cerimónia, um padre mais velho disse- me para eu ser dócil e exemplar, até me pediu mesmo para ter uma cabeça leve e permeável, a fim de o bispo ter sorte de ordenar outros e muitos padres”, contou o Padre Venâncio Branco, tendo assegurado que dessa data adiante ele passou a cumprir com a recomendação ditada pelo clérigo experimentado. Uma das características que passou a adoptar é o uso constante da batina, ao ponto de ficar conhecido como o padre da batina branca.

Sobre o assunto, o sacerdote que ocupou durante muito tempo a função de reitor do Seminário Médio do Bom Pastor adiantou que as vestes do sacerdote devem ser usadas, para o cidadão comum não confundir o padre com outras pessoas. “Se o militar se distingue pela farda, porquê o clérigo vai ter vergonha de a exibir”, questionou o missionário, tendo contado as vezes sem contas em que seus colegas foram deixados de fora, por criarem equívocos ao pessoal da recepção de certas cerimónias, que tinham sido orientados a facilitar a entrada de sacerdotes. Relativamente a Dom Óscar Braga, o Padre Venâncio Branco arriscou dizendo que 90 por cento dos padres de Benguela o tem como pai, conselheiro e amigo, mas, acima de tudo como um orador nato. O prelado esclareceu que este último atributo se aplicava tanto como um bom discursador quanto como um homem de oração e sacrifícios.

Fundador da PROMAICA

Outro carácter atribuído a Dom Óscar Braga pela classe eclesiástica de Benguela é a veia fundadora, fruto do espírito de atenção às necessidades que o epíscopo possui. A Promoção da Mulher Angolana da Igreja Católica e os Irmãos Servos do Reino são duas instituições religiosas que Óscar Lino Lopes Fernando Braga fundou, a fim de resolver dois problemas que assolavam a sociedade benguelense. O bispo justificou o surgimento da referida organização feminina da Igreja Católica com a preocupação de promover a estruturação das famílias. “Na altura, Benguela estava a viver alguns problemas que podiam perigar a convivência social, como a delinquência juvenil, a fuga de crianças para as ruas e consequente abandono de outras, então, pensámos que as famílias tinham debilidade naquilo que era a sua função social”, realçou o bispo emérito, tendo sublinhado que a primeira preocupação de agregar as mulheres na PROMAICA tinha como objectivo a sua alfabetização, reeducação e capacitação, para terem subsídios necessários para cuidar e garantir da educação dos agregados de casa.

Para Dom Óscar Braga, o equilíbrio da sociedade depende grandemente do bem-estar da família. Quanto aos Irmãos Servos do Reino, foram concebidos para atender a vontade dos jovens com vocação de seguir a vida religiosa, mas que não pretendiam tornar-se padre. “Outras congregações como os Pobres Servos ou Calabrianos, Espiritanos e Saletinos tinham Irmãos ou Leigos, só faltava ter nos Diocesanos, então criámos”, realçou o bispo que dificilmente assume as proezas como suas. O escutismo e as Irmãs Catarinas constituem outras instituições da Igreja Católica com o impulso de Dom Óscar Braga, ao ponto de terem pautado o seu objecto mais para o serviço da diocese.

Perfil

Óscar Lino Lopes Fernandes Braga nasceu em Malanje, a 30 de Setembro de 1931, onde passou parte da sua infância e adolescência, tendo-se notabilizado como bom estudante, trabalhador e dançarino, um dos factores que não o levaram a pensar em ser padre, antes da pré-juventude. Já jovem, cumpriu o serviço militar obrigatório, em Portugal, tendo sido destacado como marinheiro e passado pela secção de saúde. Entrou para o seminário já com o ensino superior e ordenou-se padre em 1964, sendo que dez anos depois foi ordenado Bispo, em Malanje. Em 1975 assumiu a Diocese de Benguela.

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