OPaís
Ouça Rádio+
Sex, 21 Nov 2025
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Jornal O País
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Sem Resultados
Ver Todos Resultados
Ouça Rádio+
Jornal O País
Sem Resultados
Ver Todos Resultados

Bispo de Cabinda preocupado com exploração descontrolada de madeira no Maiombe

O bispo da Diocese de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, acusou, nesta cidade, cidadãos estrangeiros, sobretudo ligados às empresas chinesas, de estarem a exercer uma actividade de exploração desenfreada de madeira na floresta do Maiombe sem obedecerem aos limites estabelecidos pela lei, no intuito de satisfazer “os seus apetites e não se interessarem nem do nosso presente, nem do nosso futuro”

Jornal Opais por Jornal Opais
2 de Julho, 2024
Em Sem Categoria

Belmiro Chissengueti criticou esta acção das empresas estrangeiras na sessão de abertura da conferência sobre preservação da Floresta do Maiombe, promovida pela Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação da Diocese de Cabinda, que teve como objectivo reflectir a sustentabilidade e a protecção deste “pulmão verde” para as futuras gerações.

Poderão também interessar-lhe...

Detida no Bié mãe acusada de estrangular a filha de 6 anos

Comunidade angolana nos Emirados Árabes Unidos elege novo presidente

João Lourenço inaugura amanhã Refinaria de Cabinda

“São maioritariamente chineses que tudo delapidam com uma velocidade estonteante ao ponto de a própria natureza já não ter mais capacidade de reequilibrar-se a si mesma”, frisou.

Para o bispo de Cabinda, este comportamento deve ter uma resposta enérgica não só do governo, que sozinho é incapaz, mas de todos os cidadãos que devem tomar consciência de que, “se não colocarmos os limites, seremos nós os primeiros prejudicados desta circunstância”.

Segundo Belmiro Chissengueti, nos últimos tempos, tem havido fenómenos nunca antes vistos como os redemoinhos devastadores e a degradação do meio ambiente, “fruto de uma exploração desenfreada que não está a ter em conta o equilíbrio necessário para a sustentabilidade da floresta do Maiombe”.

Para além da exploração desenfreada da madeira, segundo o bispo da diocese de Cabinda, há também a falta de educação ecológica da população que ainda usa a lenha e o carvão como meios energéticos para as suas cozinhas ordinárias.

“Somos abençoados por uma grande floresta e também com bastante gás natural e petróleo. Temos de encontrar uma saída, um projecto assumido por todos, para educarmos as pessoas e até dar meios para que possam trocar o carvão e a lenha pelo gás, um recurso que temos em abundância na província”, frisou.

O prelado apelou aos madeireiros, que exploram na floresta, a terem um sentido de responsabilidade na sua actividade, na medida em que cada um que retira tivesse a responsabilidade de replantar para garantir a continuidade da floresta do Maiombe.

“As imagens de satélite são claras, o mundo florestal está em franca destruição e não tenhamos ilusões que os fenómenos naturais, como o aquecimento global, as secas cíclicas, as chuvas torrenciais incontroladas e as catástrofes naturais, são consequências desta exploração desenfreada da natureza e da falta de cuidado com a criação”, detalhou.

Para Dom Belmiro Chissengueti, “Deus perdoa sempre o homem, de vez em quando, mas a natureza não perdoa” e, “para que ela não se revolte contra nós, temos de saber ouvir a sua voz e permitir que ela possa estar ao nosso serviço”.

Responsabilidade colectiva

A governadora de Cabinda, Mara Quiosa, confirmou haver alguns registos de aproveitamento por parte de cidadãos estrangeiros na exploração desenfreada na floresta do Maiombe, assegurando que o trabalho que tem sido realizado pelos órgãos de defesa e segurança tem permitido a apreensão da madeira e o repatriamento dessas pessoas para os seus países de origem.

“Nós temos estado a fazer esse acompanhamento. Monitoramos e fiscalizamos as actividades dos madeireiros locais, bem como o processo de repovoamento florestal”, garantiu.

Para Mara Quiosa, a preservação da floresta do Maiombe é uma responsabilidade individual e colectiva e o Governo acaba por ter uma responsabilidade acrescida.

“Temos registado alguns episódios não muito bons de alguma desmatação ao nível da nossa floresta do Maiombe, mas temos os nossos órgãos de defesa e segurança a garantirem essas situações. É preciso denunciar para podermos agir atempadamente”, frisou.

Recomendações para mitigar a exploração de pedras

A conferência, que decorreu sob o lema: “Floresta do Maiombe, juntos pela preservação do meio ambiente”, recomendou acções pedagógicas de educação ambiental e a envolvência das comunidades locais na preservação do meio ambiente.

Por outra, recomendou que se mitigue a exploração de pedras na floresta do Maiombe a partir de estudos de impacto ambiental, e que a exploração florestal gere empregos para os jovens na província.

Os 91 participantes concluíram ainda que a exploração deve ser de forma responsável e que os recursos vindos da floresta se reflictam no local da exploração e defendem que haja mais fiscais para a cobertura do Parque Nacional do Maiombe e um santuário como centro de reabilitação de animais.

Dentre outras medidas, a conferência defende que o governo repare e mitigue os danos provocados, aumente a fiscalização sobre as empresas exploradoras na floresta e pune com multas as empresas transgressoras.

Os participantes à conferência sobre a preservação da floresta do Maiombe na perspectiva ambiental, justiça e religiosa desejam que a comunidade participe no estudo do impacto ambiental antes de se conceder uma licença de exploração; que a agricultura possa ser feita dentro da floresta sem a desmatar, bem como haver um espaço limitado para a exploração do carvão e a promoção da criação de agroflorestas.

 

Por: Alberto Coelho, em Cabinda

Jornal Opais

Jornal Opais

Recomendado Para Si

Detida no Bié mãe acusada de estrangular a filha de 6 anos

por Jornal OPaís
26 de Outubro, 2025

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve, na semana finda, uma cidadã de 23 anos de idade, residente no bairro...

Ler maisDetails

Comunidade angolana nos Emirados Árabes Unidos elege novo presidente

por Jornal OPaís
14 de Setembro, 2025

O empresário angolano residente no Dubai, Aliondy Garcia, foi eleito presidente da Associação dos Angolanos e Amigos nos Emirados Árabes...

Ler maisDetails

João Lourenço inaugura amanhã Refinaria de Cabinda

por Onesimo Lufuankenda
31 de Agosto, 2025

O Presidente da República, João Lourenço, vai inaugurar, nesta segunda-feira, 1 de Setembro, a Refinaria de Cabinda, um empreendimento crucial...

Ler maisDetails

Stock da dívida externa apresenta aumento de cerca de 6% no II trimestre de 2025

por Jornal OPaís
13 de Agosto, 2025

Até final de Junho do ano em curso, o stock da dívida externa situava-se em 41,25 biliões de kwanzas, equivalente...

Ler maisDetails

João Lourenço a caminho da África do Sul para participar na Cimeira do G20

21 de Novembro, 2025

Huíla inicia amanhã campanha massiva para emissão do BI

21 de Novembro, 2025

MPLA na Huíla aprecia grau de execução do OGE do exercício económico de 2025

21 de Novembro, 2025

MPLA na Huíla analisa actividades dos últimos oito meses

21 de Novembro, 2025
OPais-logo-empty-white

Para Sí

  • Medianova
  • Rádiomais
  • OPaís
  • Negócios Em Exame
  • Chiola
  • Agência Media Nova

Categorias

  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos

Radiomais Luanda

99.1 FM Emissão online

Radiomais Benguela

96.3 FM Emissão online

Radiomais Luanda

89.9 FM Emissão online

Direitos Reservados Socijornal© 2025

Sem Resultados
Ver Todos Resultados
  • Política
  • Economia
  • Sociedade
  • Cultura
  • Desporto
  • Mundo
  • Multimédia
    • Publicações
    • Vídeos
Ouça Rádio+

© 2024 O País - Tem tudo. Por Grupo Medianova.

Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você está dando consentimento para a utilização de cookies. Visite nossa Política de Privacidade e Cookies.