Assessoria do Iº Fórum Nacional de Inteligência Artificial, realizado a 14 de Julho do corrente ano, lamenta eventuais leituras descontextualizadas sobre pronunciamentos feitos aquando da realização da referida actividade.
Em reposta às distorções, a assessoria do FNIA publicou, ontem, quarta-feira, 16, uma nota de esclarecimento a elucidar a opinião pública sobre as declarações proferidas pelo porta-voz, referindo a mensagem foi passada com base nas diversas projecções globais sobre o impacto da Inteligência Artificial (IA) no mercado mundial de trabalho, usando uma perspectiva muito conservadora e focada exclusivamente na IA e não incluindo outros factores paralelos.
“Em momento algum foi declarado que tais números se aplicavam directa e exclusivamente ao contexto angolano”, lê-se.
O documento esclarece, igualmente, citando o Future of Jobs Report 2025 (Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025) do Fórum Económico Mundial (World Economic Forum), prevê-se a criação líquida de cerca de 78 milhões de empregos em todo o mundo, resultante do saldo entre 170 milhões de novas funções e a substituição de 92 milhões por tecnologias como a IA, a automação e outras.
Neste sentido, salienta o documento, outros relatórios e estudos disponíveis fazem análises e previsões semelhantes, associando a IA a outras tecnologias, pelo que existe alguma variação nos números apresentados.
“O número de ‘40 milhões de empregos’, citado no evento, é conservador e faz parte deste contexto de impacto transformador global proporcionado pela IA, sem incluir outras tecnologias.
Reforça que Angola encontra-se actualmente num ponto de viragem digital, com progressos na conectividade, computação em nuvem, cabos submarinos e outros avanços estruturantes, pelo que, ainda que não se possam aplicar directamente os números globais à realidade nacional, o debate proposto visava precisamente abrir espaço para reflexões estratégicas sobre o posicionamento do país na economia digital emergente.
A nota de esclarecimento termina, sublinhando que o fórum teve como objectivo central fomentar o debate técnico, ético e multidisciplinar sobre a IA, e não produzir conclusões fechadas. Reiteramos o compromisso com a transparência, o rigor científico e a promoção de um diálogo informado, em que a comunicação institucional esteja à altura dos desafios tecnológicos e das expectativas da sociedade.