Ao Jornal OPAÍS, o secretário para informação do partido “galo negro”, Evaldo Evangelista refutou tais informações, avançando que Pedro Katchiungo está, agora, livre da suspensão, voltando a ser militante de base do partido
Pedro Katchiungo estava suspenso de todas as actividades da UNITA desde 2022, juntamente com mais sete membros, por terem recorrido ao Tribunal Constitucional contra a realização do XIII congresso.
Evaldo Evangelista referiu que findo o período de suspensão aplicado pela Comissão Política do Partido, José Pedro Katchiungo está apto para retornar às actividades, mas como militante de base, conforme estabelecem os estatutos da UNITA.
Já uma outra fonte, contactada pela nossa reportagem, reafirmou que não houve realização do aludido referendo, mas confidenciou que Katchiungo insiste em não comparecer nas actividades do partido.
Segundo a mesma fonte, Pedro Katchiungo tem sido associado a informações segundo a qual o mesmo estará a cumprir agenda do partido no poder.
Aliás, prossegue dizendo que, durante a vigência da suspensão, José Pedro Katchiungo “estaria a criar um partido político”, tendo já iniciado a recolha de assinaturas nos municípios do Bailundo e Andulo (Huambo), mediante o pagamento de 10 a 20 mil kwanzas para os jovens incluídos nesta missão.
Katchiungo é ainda suspeito de propalar inverdades a respeito do presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, a quem o militante nutre, segundo informações, pouca simpatia.
Ademais, diz a fonte, José Pedro Katchiungo é ainda suspeito de ser “apadrinhado” pelo partido dos “camaradas”, para disseminar informações contra o “galo negro”, a troco da legalização do seu suposto partido.
Diz-se ainda que Katchiungu teria acusado o presidente do partido de estar a afastar a família de Jonas Savimbi da estrutura principal da UNITA. O jornal OPAÍS tentou contatar o visado, mas não teve sucesso.
O mote da suspensão
Estevão José Pedro Katchiungo teria criticando a posição tomada por alguns militantes com cargos de liderança no partido do Galo Negro, em participar nas manifestações de protesto contra a subida da gasolina, e o aumento do custo de vida.
Os pronunciamentos teriam criado um mal-estar no seio da direcção do maior partido na oposição em Angola.
De acordo com a fonte que temos vindo a citar, as críticas de José Pedro Katchiungo em rede nacional, numa entrevista concedida com exclusividade à Televisão Pública de Angola, levou, segundo a fonte deste jornal, a direcção do partido do Galo Negro, a apelar aos seus militantes a cerrarem fileira criando uma ” task force” em defesa de Adalberto Costa Júnior, por entender, a UNITA, que a aparição de Katchiungo na mídia, é uma preparação para os ataques, nos próximos dias, contra a actual liderança do partido fundado por Jonas Savimbi.
De recordar que para além de condenar os actos que culminaram em arruaça, segundo as autoridades governamentais, José Pedro Katchiungo enalteceu as políticas de combate à corrupção do presidente João Lourenço.
O antigo candidato a presidência da UNITA, repudiou a atitude de alguns militantes da UNITA, que fizeram-se presentes numa manifestação, que ocorreram em quase todo o território nacional, por entender, que a mesma, para além de ter violado os pressupostos legais exigidos pelo Governo, e, consequentemente, desobedecido as indicações sobre os itinerários préestabelecidos, culminou em actos de arruaça e rebelião, contra as forças da ordem, o que acabou por colocar a vida de muitos cidadãos em perigo.