A RepúblicaDemocrática do Congo (RDC), através da sua ordem dos médicos, procura reforçar a relação de irmandade com o país vizinho, Angola, no ramo da saúde. Esta relação tende a melhorar graças à estada, durante cinco dias, de Nsadi Berthier, presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos da República Democrática do Congo (RDC) no território angolano
Nsadi Fwene Berthier encontra-se a efectuar uma visita de cinco dias a Angola, onde constata o sistema de saúde e as unidades hospitalares do país. Entretanto, nesta Segunda-feira, o presidente do Conselho Nacional da Ordem dos Médicos da RDC efectuou uma visita guiada à Universidade Privada de Angola (UPRA), onde constatou o sistema de ensino e disse ter ficado impressionado.
A visita surgiu através de um convite efectuado por Elisa Gaspar, bastonária da Ordem dos Médicos Angolanos. Ora, sem avançar ainda qualquer data de assinatura de possíveis acordos, Nsadi afirmou que a ideia que se tem neste momento é de uma cooperação entre a Ordem dos Médicos da República Democrática do Congo e a Ordem dos Médicos Angolanos para que haja médicos bem formados nos dois países.
Congo e Angola, tal como referiu, são nações irmãs e por isso há, actualmente, médicos congoleses a formarem-se em Angola, e médicos angolanos a formarem-se no Congo. Isso levou a que o convite da bastonária da Ordem dos Médicos Angolanos fosse aceite por Nsadi Fwene, que veio, também, fazer uma partilha de informações com o país vizinho.
A visita permitiu ao representante dos médicos congoleses conhecer alguns hospitais em Angola, sem especificar quais são, e ainda conhecer a UPRA. No entanto, ao visitar tanto as instalações sanitárias, como a instituição de educação, o bastonário disse ter ficado impressionado com o que viu. “Primeiramente, surpreendeume a organização da Ordem dos Médicos de Angola, e ainda a estrutura da UPRA”.
Quanto à universidade, Nsadi destacou a tecnologia usada na instituição para a formação dos estudantes de saúde, durante as aulas práticas, sendo que, se comparada às instituições do seu país, na mesma área de formação, revelam-se ainda certas diferenças.
“A nossa impressão é de grande satisfação, estamos, sinceramente, maravilhados com o que estamos descobrindo aqui, porque chegámos aqui com uma visão totalmente diferente da medicina e da formação de médicos em Angola, e nós descobrimos muitas coisas, que talvez eu possa falar mais tarde, do que nós descobrimos aqui, e também na Universidade Privada de Angola”, sublinhou.
Pese embora a visita não se baseie apenas na promoção da formação de quadros de um e de outro país, Nsadi considera que uma das questões preocupantes será sempre, em primeiro lugar, a capacitação das escolas e depois a formação dos médicos, o que justifica a visita a um instituto que forma médicos, como é o caso da UPRA.
Intercâmbio
No âmbito da projeção da cooperação, Nsadi Berthier afirmou que haverá estudantes de medicina do Congo que, futuramente, poderão vir a estudar em Angola, motivo pelo qual diz ser importante vir a Angola para constatar como é estruturada e definida a formação pelo Ministério da Educação e como se formam os médicos nos hospitais.