A presidente do Partido Humanista Angolano (PHA), Florbela Malaquias, está a ser investigada por decisões unilaterais, desvio de fundos e desrespeito aos estatutos do partido. O relatório final da Comissão Política Nacional, tornado público hoje, recomenda um processo disciplinar contra a líder do partido
A líder do PHA é acusada de nomear dirigentes e representantes na CNE sem consultar o órgão competente, expulsar militantes sem direito à defesa e impor quotas financeiras à margem dos estatutos. Segundo o documento a que OPAÍS teve acesso, “Bela” Malaquias terá também criado cargos inexistentes, como o de “primeiro vice-presidente”, e ignorado ordens do Tribunal Constitucional.
Gestão danosa
A investigação aponta ainda que entre 2022 e 2024 foram transferidos 96,3 milhões de kwanzas para a conta de Amélia Ussova Malaquias Chico. Outros 4 milhões terão ido para a conta pessoal da própria presidente. Há também registo de 400 mil kwanzas pagos com fundos do partido para regularizar quotas na Ordem dos Advogados de Angola, além da entrega de uma viatura Toyota Hilux ao seu filho e do uso irregular de carros do partido como táxis.
Consequências
A Comissão Política Nacional conclui que as práticas fragilizam a legalidade e a imagem do partido e recomenda, por isso, a abertura de um processo disciplinar com garantia de ampla defesa.
O PHA promete corrigir as falhas e reafirma o seu compromisso com os valores humanistas.