O presidente do Conselho Provincial da Ordem dos Advogados de Angola em Benguela, José Faria, defendeu a necessidade de os advogados não estarem apenas comprometidos com a lei, mas que se comprometam mais com a justiça. O advogado ainda apelou à honestidade e à ética no exercício da profissão
O presidente do Conselho Provincial da Ordem dos Advogados manifestou, deste modo, o desejo de que os profissionais não estejam apenas preocupados com as leis, mas que se empenhem na realização da justiça, pautados por imperativos éticos, na base da honestidade, tendo lembrado que, sem advogado, “não há justiça e, sem justiça, não há Direito”.
“De certeza que os meus ilustres colegas sonharam com este momento enquanto estavam na fase do exame nacional e o que antes parecia algo distante e, por muitas vezes até impossível, pela graça e misericórdia de Deus, se tornou possível. É chegado o tempo de colhermos os frutos plantados”, considerou José Faria, quando se dirigia aos 20 advogados a quem se procedeu à entrega de cédulas profissionais.
O advogado sente-se, deveras, orgulhoso por eles terem passado por muitas vicissitudes, mas venceram os maiores obstáculos, com fé e esperança de que seria possível, ao considerar que os esforços e dedicação deles foram recompensados com as cédulas ora recebidas.
“O processo é difícil, é doloroso, mas só quem sobrevive a Ele pode viver o propósito”, sustentou. José Faria considera o exercício de advocacia um propósito sublime, pelo que devem ser observado valores morais e éticos, na perspectiva de construção de uma sociedade mais justa e fraterna, que respeita as garantias e direitos fundamentais, previstos no texto constitucional.
“E não posso deixar de externar a minha gratidão a Deus, o centro e o fundamento de tudo, sem Ele jamais os colegas teriam chegado até aqui. Ele foi o socorro e abrigo nas inúmeras vezes em que pensaram que fracassariam”.
Encorajou os novos advogados na missão ora abraçada, desejando-lhes vitória, e manifesta esperança de que eles se transformem “em excelentes profissionais, movidos pelos mais nobres sentimentos”, prevê.
De acordo com o presidente da Ordem dos Advogados em Benguela, cada um dos profissionais sabe o quão tortuoso foi o caminho até esse estágio, “pois abriram mão de muitas coisas, momentos em família, passeios com os amigos, privação de sono, tantas cobranças, incertezas, ansiedade, lágrimas e inseguranças”, elencou.
Segundo José Faria, “é aqui que encontro a emoção que mais merece a nossa atenção neste momento solene: o orgulho que sinto pelos meus colegas que hoje receberão as suas cédulas profissionais”, rematou.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela