Com o evento, Abel Chivukuvuku pre- tende partilhar a sua visão sobre as perspectivas para 2025, sublinhando os caminhos propostos pelo seu partido, PRA-JA Servir Angola, agora legaliza- do pelo Tribunal Constitucional, para enfrentar os problemas que afectam os cidadãos.
O PRA-JA Servir Angola anunciou no passado dia 10 deste mês que havia recebido do Tribunal Constitucional o despacho de anotação, permitindo ao projecto político de Abel Chivukuvuku transformar- se em partido político.
O despacho do Tribunal Constitucional que legalizava o PRA-JA era datado de 07 de Outubro do presente ano. No documento, a instância de justiça tinha considerado que a Comissão Instaladora do agora partido político havia apresentado mais de sete mil e quinhentas assinaturas válidas de cidadãos angolanos.
Assim, o tribunal entendeu legalizar o PRA-JA porque estavam preenchidos todos os requisitos exigi- dos por lei. A decisão pôs fim a um processo que se arrastava desde 2019, ano da apresentação do projecto, que acabou por ser rejeitado em 2020 pelo tribunal, obrigando a esperar quatro anos para nova tentativa de legalização.
Continuação na FPU Abel Chivukuvuku disse que o seu partido vai continuar a integrar a plataforma da oposição, sem respaldo legal, Frente Patriótica Unida (FPU), ao lado da UNITA e do Bloco Democrático.
Em declarações à imprensa, no final da cerimónia onde tomou posse como membro do Conselho da República, Abel Chivukuvuku foi questionado sobre o futuro da FPU, que integra a UNITA, o PRA-JA Servir Angola e o Bloco Democrático, afirmando que o seu partido recentemente legalizado vai continuar a fazer parte desta plataforma política, criada nas eleições gerais de 2022.
Segundo o político, depois de vários chumbos do Tribunal Constitucional, o PRA-JA Servir Angola foi legalizado dentro das normas legais da Constituição da República, bem como da lei dos partidos políticos. “É do conhecimento geral que a Frente Patriótica Unida é constituída por três dimensões, a UNITA, partido legal há muitas décadas, Bloco Democrático, também partido legal há alguns anos, e o PRA-JA Servir Angola”, disse na ocasião.
O político reafirmou que o PRA- JA Servir Angola, continua a ser parte da FPU, considerando legítimas as opiniões de que, com a legalização desta força política, a plataforma fica fragilizada.
“Não se pode travar os que querem pensar, é legítimo, e em democracia é livre que pensem as- sim, agora o que vai contar são os factos e a realidade”, declarou. Abel Chivukuvuku, que foi também militante da UNITA, de onde saiu para liderar a CASA-CE, frisou, por outro lado, que o país atravessa muitas dificuldades, “tanto do ponto de vista político, como do ponto de vista económico e sobretudo social”.