O Presidente da República, João Lourenço, propôs aos governadores provinciais de todo o país, hoje, sábado, 09, na abertura da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, em Benguela, a necessidade de eles serem promotores do surgimento de redes de micro, média e pequenas e cooperativas e que, no seu conjunto, se configurem em trocas de bens e serviços à escala nacional. O Chefe de Estado aproveitou para dar nota de que, no primeiro trimestre deste ano, o país produziu mais de 9 milhões de toneladas de alimento.
Constantino Eduardo, em Benguela
Está aberta a Feira dos Municípios e Cidades de Angola cujo corte inaugural coube ao Presidente João Lourenço, ao lado da Primeira-Dama Ana Dias Lourenço, na presença do governador de Benguela, Manuel Nunes Júnior, ministros de Estado, ministros, expositores, empresários e de mais convidados. Momentos antes, no discurso de abertura do certame, o Chefe de Estado assinalou que o Produto Interno Bruto (PIB) não-petrolífero registou, no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 5.4 por cento.
O PR sublinha, neste particular, que a perspectiva do Executivo é que o crescimento do PIB seja proporcional ao demográfico, sinalizando que a taxa anual de crescimento demográfico está cifrado na ordem dos 3 por cento ao ano, isso se tiver em conta os jovens que atingem a idade economicamente activa e que procuram por oportunidade de emprego.
“Estamos, por isso, engajados e comprometidos com a com a transformação estrutural da nossa economia, assegurando que cada sector dê o seu contributo para o crescimento económico, com objectivo de fazer com que as taxas de crescimento, o nosso Produto Interno Bruto acompanhem, tanto quanto possível, este ritmo acelerado do crescimento demográfico “, sugeriu o PR
Lourenço, que procede à visita aos stands dos municípios dos 326 municípios, no qual tomou contacto com as potencialidades de cada região, revela, igualmente, crescimento assinalável do segmento alimentar, tendo o país produzido cerca de 9 milhões de toneladas de alimentos durante esse mesmo período, ou seja, primeiro trimestre. “Este esforço deve ser feito em todos os sectores da economia, sem excepção. A nossa força de trabalho tem de ser mais produtiva. Trabalhar mais, gerar mais e melhores resultados”, solicita o Chefe de Estado, ao sugerir trabalho de desburocratização da actividade administrativa, desconcentrando mais tarefas para os órgãos de administração local do Estado e munir de mais recursos humanos e financeiros, de modo a que estejam à altura de resolver o problema das populações.
O Chefe de Estado não tem dúvidas de que a aposta no conhecimento, na agricultura e indústria são, de resto, os caminhos certos para gerar esperança e, por conseguinte, as famílias aumentarem as oportunidades de emprego, sobretudo para jovens, para além de, como observou, garantir a soberania alimentar e equilíbrio na balança de pagamento de Angola.
Porque a vida é feita nos municípios – continua Presidente da República – afigura-se crucial que os governos provinciais e as administrações municipais estejam mobilizados para esta oportunidade, assumindo, deste modo, a dianteira desse processo de permanente transformação. Daí ter sugerido que os actores mencionados promovam o surgimento de redes de micro, pequenas e médias empresas , cooperativas e outras iniciativas empreendedoras ” e, no seu conjunto, devem configurar-se em plataformas integradas de troca de bens e serviços à escala nacional. É por isso que encaramos com bastante optimismo projectos como o corredor do Lobito”, considerou. entusiasmo