Autonomia editorial e financeira aliada a mecanismos legais que garantam o seu suporte é um dos pressupostos defendidos pelos deputados afectos à 7.ª Comissão da Assembleia Nacional, responsável pela Cultura, Assuntos Religiosos, Comunicação Social, Juventude e Desportos
Este argumento foi apresentado pelo deputado Paulo Faria, presidente da referida Comissão, quando efectuava ontem, quarta-feira, 9, uma visita ao Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM) e as Edições Novembro proprietária de vários títulos, entre os quais o Jornal de Angola. Para o parlamentar, é imperiosa a independência dos órgãos públicos de Comunicação Social, para tal, há igualmente a necessidade de criação de instrumentos legais para o efeito.
“É fundamental que TPA, RNA, Edições Novembro e outros tenham autonomia editorial e financeira. Precisamos criar mecanis- mos legais que garantam sustentabilidade aos meios de comunicação públicos”, ressaltou. Por seu turno, a vice-presidente da 7.ª Comissão, Elizandra Wassuca, afirmou que os desafios enfrentados pelos órgãos públicos de comunicação são transversais e exigem fontes alternativas de financiamento.
Destacou também a necessidade de investimento para acompanhar as revoluções tecnológicas, como a inteligência artificial. “Estamos a recolher dados e impressões que nos permitirão interceder junto dos departamentos ministeriais, especialmente na discussão do OGE 2026, para garantir melhorias reais no sector”, esclareceu. Já o presidente do Conselho de Administração das Edições Novembro, Drumond Jaime, reforçou a urgência da nova gráfica, referindo que a actual já tem mais de 20 anos, limitando a qualidade da impressão.
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