A morte de Fernando da Piedade Dias dos Santos, “Nandó”, encerra, assim, um dos percursos políticos mais longos, contínuos e influentes da história recente de Angola. Figura central do poder desde os anos que antecederam a independência nacional, o antigo dirigente atravessou diferentes ciclos políticos, regimes constitucionais e modelos de governação, e manteve-se sempre entre os decisores estratégicos do Estado e do MPLA.
Ao longo de mais de quatro décadas de vida pública, “Nandó” ocupou sucessivamente cargos- chave nos três pilares do poder — Executivo, Legislativo e partidário — num trajecto que espelha a própria evolução do Estado angolano no pós-independência. Da segurança interna à chefia do Governo, da presidência do Parlamento à Vice-Presidência da República, o seu nome esteve associado aos momentos decisivos da reconstrução nacional, da estabilização institucional e da consolidação do poder político.
Reservado, disciplinado e reconhecido pela capacidade de articulação nos bastidores, Fernando da Piedade Dias dos Santos foi, para aliados e críticos, um dos rostos mais duradouros da elite governante angolana.
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