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O legado diplomático e os desafios de Angola à frente da organização continental

Angola celebra a efeméride da sua admissão na extinta Organização da Unidade Africana (OUA), actual União Africana (UA), num momento histórico marcado pela tomada de posse do Presidente João Lourenço como o novo líder rotativo da organização continental. Em declarações ao OPAÍS, o especialista em Relações Internacionais, Tiago Armando, destaca o papel fundamental de Angola na diplomacia africana desde o reconhecimento internacional conseguido em 1976, um ano após a independência

João Feliciano por João Feliciano
17 de Fevereiro, 2025
Em Manchete, Política
Tempo de Leitura: 3 mins de leitura
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O legado diplomático e os desafios de  Angola à frente da organização continental

O pedido de admissão à OUA foi motivado pela necessidade de legitimação internacional após a proclamação da independência em 1975, começa por assinalar . Tiago Armando, para quem o Presidente Neto percebeu a importância de se criar uma equipa de diplomatas para o reconhecimento do Estado angolano, garantindo a sua legitimidade no cenário global.

Este reconhecimento, segundo o especialista, permitiu que Angola participasse activamente das discussões sobre questões críticas do continente africano, ganhando suporte político e diplomático, além de impulsionar trocas comerciais e apoio técnico de outras nações.

Compromisso com a Paz e Segurança em África

Angola tem se destacado na promoção da paz e segurança no continente, sobretudo depois do fim do conflito armado interno em 2002. Para Tiago Armando, a experiência de mais de duas décadas de guerra moldou a política externa angolana, focada na resolução pacífica de conflitos.

“Angola fez da paz uma bandeira na sua política externa, actuando como mediador em crises regionais e apoiando missões de paz”, afirmou o especialista. Durante a presidência rotativa do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 2003, Angola promoveu encontros para tratar de conflitos na República Democrática do Congo, na República Centro-Africana e na Costa do Marfim, evidenciando o seu papel activo na manutenção da segurança regional. Nos últimos anos, Angola tem desempenhado um papel crucial na diplomacia preventiva, especialmente na região dos Grandes Lagos, contribuindo com recursos financeiros e apoio técnico para missões de paz.

Liderança na União Africana e desafios à vista

Com a presidência da União Africana assumida, sábado, pelo Presidente João Lourenço, Angola enfrenta o desafio de liderar a organização num contexto globalmente complexo, marcado por conflitos regionais, insegurança alimentar e questões económicas.

Tiago Armando sublinha que a liderança de Angola é “de capital importância” para a projecção político-diplomática do país e elevação do seu prestígio no cenário internacional. Um dos principais compromissos de Angola na UA é a promoção dos direitos humanos e a integração económica africana.

O especialista destacou a ratificação do Protocolo dos Direitos Humanos e a liderança em iniciativas como o Corredor do Lobito, que visa impulsionar a cooperação económica regional. Além disso, Angola tem-se empenhado na promoção da Zona de Comércio Livre Continental Africana, visando fortalecer a integração económica no continente.

No entanto, o especialista alerta para os desafios inerentes à presidência rotativa, que tem a duração de um ano, um período curto para implementar reformas profundas na arquitetura de paz e segurança da UA. Tiago Armando destacou a necessidade de Angola impulsionar a eficiência financeira das missões de paz, explorando soluções inovadoras como a criação de “peace bonds” (títulos para a paz).

Expectativas e desafios regionais Durante o mandato de João Lourenço, espera-se que Angola continue a desempenhar um papel estratégico na resolução de conflitos em áreas críticas como a República Democrática do Congo, o norte de Moçambique e o Sudão.

A estabilidade política nestas regiões é vista como essencial para a segurança e o desenvolvimento do continente africano. Outro desafio significativo será a segurança alimentar, uma preocupação crescente exacerbada pelo conflito russo-ucraniano, que evidenciou a dependência do continente em relação às importações de cereais.

Para Tiago Armando, é crucial que Angola lidere iniciativas voltadas para a industrialização de África e a promoção de um desenvolvimento sustentável, reduzindo a vulnerabilidade económica do continente.

Angola na vanguarda da diplomacia africana Com a ascensão de João Lourenço à presidência da União Africana, Angola tem uma oportunidade única de consolidar a sua posição como líder regional e influenciar a agenda política e económica do continente.

Segundo Tiago Armando, o compromisso contínuo com a paz, segurança e desenvolvimento sustentável será fundamental para o sucesso do mandato angolano na UA.

Ao celebrar a efeméride da sua admissão na extinta OUA, assim como a liderança da organização, Angola reafirma o seu papel estratégico na política africana e internacional, marcando uma nova era de protagonismo diplomático no continente.

Angola na vanguarda da diplomacia africana

Com a ascensão de João Lourenço à presidência da União Africana, Angola tem uma oportunidade única de consolidar a sua posição como líder regional e influenciar a agenda política e económica do continente. Segundo Tiago Armando, o compromisso contínuo com a paz, segurança e desenvolvimento sustentável será fundamental para o sucesso do mandato angolano na UA.

Ao celebrar a efeméride da sua admissão na extinta OUA, assim como a liderança da organização, Angola reafirma o seu papel estratégico na política africana e internacional, marcando uma nova era de protagonismo diplomático no continente.

João Feliciano

João Feliciano

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