A presidente do Partido Humanista Angolano (PHA), Florbela Catarina Malaquias, voltou a ser acusada por membros do partido que ajudou a fundar de usar a estrutura e os recursos da organização para beneficiar familiares directos e de violar repetidamente os estatutos. As conclusões constam de um relatório divulgado recentemente pela Comissão Política Nacional, o mesmo órgão que recomenda a abertura de um processo disciplinar contra a líder partidária
Entre os factos mais graves imputados a “Bela Malaquias”, o documento denuncia a transferência de 96,3 milhões de kwanzas para a conta de uma cidadã identificada por Amélia Ussova Malaquias Chico, alegada familiar da presidente e sem cargos relevantes no partido.
De acordo com um documento a que OPAÍS teve acesso, os factos ocorreram entre 2022 e 2024. É ainda acusada de usar cerca de 4 milhões de kwanzas em benefício próprio — incluindo o pagamento de 400 mil kwanzas com fundos do partido, com vista a regularizar as quotas da também causídica junto da Ordem dos Advogados de Angola (OAA) —, bem como da atribuição indevida de uma viatura Toyota Hilux, propriedade do partido, ao filho desta, identificado como Telmo Malaquias.
Veículos do partido em serviço de táxi A Comissão Política Nacional do PHA revela que os actos de gestão dos meios do partido são também alvo de escrutínio, sugerindo que algumas viaturas do partido têm alegadamente sido utilizadas para serviços de táxis, sem, no entanto, haver qualquer prestação de contas.
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