A mensagem do Presidente da República e Presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, esteve em destaque nesta quarta-feira, em Londres, durante uma gala de celebração do Dia de África, assinalado no pretérito domingo, 25 de Maio.
Segundo uma nota de imprensa à qual OPAÍS teve acesso, o momento serviu para os embaixadores africanos acreditados no Reino Unido ouvirem atentamente o Chefe de Estado angolano, através de um vídeo pré-gravado e que foi transmitido durante a cerimónia, a declarar que o continente africano quer ser um actor estratégico e oferecer “soluções para si próprio e para o mundo”.
O presidente em exercício da União Africana apelou ao respeito pelos princípios da solidariedade, da cooperação e do respeito para que se possa “continuar a construir uma África mais integrada, onde as fronteiras se tornem pontes e não barreiras”.
Por outro lado, declarou que do ponto de vista socioeconómico, África está a fazer tudo “o que está ao seu alcance” para “enfrentar o desafio do desenvolvimento inclusivo, num contexto mundial incerto”.
João Manuel Gonçalves Lourenço disse que este momento é mais do que uma comemoração. É também um evocar dos ideais que inspiraram as figuras que construíram os primeiros alicerces da unidade continental africana, como Agostinho Neto, Amílcar Cabral, Kuame N’Krumah, Sekou Touré, Haile Selassie, Julius Nyerere, Gamal Abdel Nasser, entre outros .
O Presidente angolano referiu que existem desafios diários à construção e preservação de uma África unida, forte e soberana “capaz de falar a uma só voz na cena internacional”.
Na ocasião, o decano dos embaixadores Africanos acreditados em Londres, Christian Katsande, apelou à advocacia e colaboração no estabelecimento de mecanismos para a reparação justa à escala global, face ao comércio transatlântico de escravos, o apartheid e outras atrocidades e injustiças cometidas contra os africanos.
Celebrado sob o lema “Justiça para os Africanos e Afrodescendentes através da Reparação”, o Dia de África foi uma oportunidade para as Missões Diplomáticas africanas em Londres apresentarem, numa feira, a exposição de peças da cultura, produtos agrícolas, potencialidades turísticas, vestuário e uma janela aberta para o investimento no continente. A música e a moda africana também desfilaram durante as celebrações.
Angola levou ao seu stand, gastronomia, peças artesanais, café, mel e outros produtos agrícolas cultivados nas suas terras férteis.
A gala de celebração em Londres do Dia de África contou com a presença de membros do Corpo Diplomático Africano acreditado no Reino Unido, membros do Governo britânico, do representante da Chatham House, de Think Tanks, empresários e músicos africanos.
POR: Onésimo Lufuankenda