O Centro do Empreendedor da 5ª edição do Fórum Internacional de Tecnologias de Informação e Comunicação de Angola (ANGOTIC 2025), realizada de 12 a 14 do presente mês de Junho, atendeu um total de 106 jovens empreendedores, cujas consultas resultaram na constituição de seis micro-empresas.
A informação foi avançada pelo ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira, no discurso da cerimónia de encerramento, que realçou o facto do certame ter contado com a presença de um universo de 180 startups, 105 empresas expositoras, quatro das quais internacionais, 12 empresas patrocinadoras não expositoras, das quais duas são internacionais e 11 restaurantes.
Ao fazer o balanço do ANGOTIC 2025, o dirigente informou que, até às 14h00 de ontem, as estatísticas já apontavam para cerca de 18 mil visitantes, um indicador plausível de que a meta de atingir o dobro dos 10 mil na edição anterior esteve próxima de ser materializada, se se tiver em conta que a frequência de cidadãos se prolongou noite adentro com a realização de um espectáculo musical, entre outras actividades de cariz social.
O ministro Mário Oliveira sustenta o êxito da empreitada com a presença de estudantes de 11 estabelecimentos de diferentes níveis de ensino, além de contabilizar 3.355 crianças dos seis aos 14 anos, 137 formandos em sete cursos ministrados ao longo dos três dias, 29 sessões temáticas com 108 oradores, sendo 74 nacionais e 34 internacionais, assim como a participação de 21 moderadores.
O ANGOTIC deste ano, enfatizou Mário Oliveira, “mostrou aquilo que é a resiliência da nossa juventude, a avaliar pelo número de startups aqui presentes, uma evidência muito forte da estrada que temos que percorrer com vista à digitalização do país, transformação digital da nossa sociedade e economia”, tendo lançado uma palavra de conforto aos jovens angolanos que, mesmo distantes ou por razões alheias ao desejo de estar no local, acompanharam os acontecimentos por outros meios. “Estamos todos de parabéns”, enalteceu
Mário Oliveira manifestou o seu reconhecimento à equipa que esteve por detrás de todo o esforço para a materialização bem-sucedida da empreitada. “Às nossas empresas angolanas que aqui participaram e todos aqueles que visitaram o evento com o intuito de transmitir o seu conhecimento, conhecer a nossa realidade em termos do que tem sido feito no nosso país, o nosso muito obrigado”.
Internacionalização
O titular da pasta do MINTTICS deu nota positiva ao facto da quinta edição do ANGOTIC se ter pautado pela forte participação de empresas provenientes de diversas latitudes, ao referir que “ é um motivo de alegria a oportunidade de testemunhar a presença de empresas africanas, asiáticas, americanas, ou seja, de quase todo o mundo para além das nacionais”.
O anfitrião asseverou que o ambiente vivido entre investidores de diferentes nacionalidades focados no mesmo desejo do desenvolvimento das novas tecnologias é a maior prova de que “o ANGOTIC hoje começa a ser uma marca muito importante, um grande contributo para o desenvolvimento do nosso país”.
Actividades paralelas
O ministro Mário Oliveira ressaltou, entre as actividades paralelas desenvolvidas pelo seu pelouro no âmbito dos três dias do ANGOTIC, a inauguração do Centro de Tratamento de Dados Espaciais e o apoio concedido ao Instituto Óscar Ribas, uma escola vocacionada para formação de pessoas portadoras de deficiência visual.
Mário Oliveira lembrou que graças ao recurso à tecnologia, jovens que tiveram a visão comprometida têm hoje a possibilidade de se sentir parte integrante da transformação digital que vem ocorrendo no país, razão pela qual orientou os presentes a fazerem uma homenagem com uma forte salva de palmas.
Ao concluir, Mário Oliveira apelou às empresas a contribuirem para que a referida escola, em particular, e outras que existem pelo país também tenham a possibilidade de participarem na transformação digital e na diminuição da info exclusão.
“Uma menção especial às empresas estrangeiras que só vieram porque acreditam no desenvolvimento do nosso país e nos angolanos, pois é nessa crença que residirá a transformação do nosso país, na certeza de que no próximo ano contaremos com outros países que continuarão a acreditar em Angola, tal como nós angolanos acreditamos no desenvolvimento do nosso país. As tecnologias de informação e comunicação vão, com certeza, continuar a desempenhar o papel nuclear da grande transformação que o país necessita para o bem de todos nós”, finalizou Mário Oliveira.
Fonte; JA