A Liga da Mulher Angolana – LIMA, condenou com veemência as sistemáticas violações dos direitos humanos, em particular os bárbaros assassinatos das 20 mulheres, no município do Cazengo, província do Cuanza Norte, e reafirmou que deve haver mais união e solidariedade entre as mulheres.
Em uma declaração política do braço feminino do maior partido na oposição, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, que se celebra a 08 de março, a LIMA avança que, apesar de se ter passado mais de um século desde a revolução da efeméride, as mulheres em Angola e no continente africano continuam a enfrentar desafios estruturais que perpetuam a desigualdade social, económica e política.
A Liga da Mulher Angolana assegura que os desafios da mulher angolana não se limitam à educação e à saúde. A violência baseada no género, a discriminação sistemática no mercado de trabalho e a exclusão de espaços de decisão política continuam a ser realidades que exigem respostas concretas e eficazes.
Na declaração, a LIMA prestou também uma homenagem a todas as mulheres que tombaram de forma bárbara, muito por conta dos companheiros, e diz que crimes hediondos como estes não podem cair no esquecimento, nem ser tratados com indiferença. Pelo que, exige, justiça, responsabilização e um compromisso real das autoridades na protecção das mulheres e na erradicação da impunidade.
Entretanto, a liga reafirma a necessidade de mais união e solidariedade entre as mulheres e a sociedade em geral, pois diante do profundo desgaste do tecido social, urge, segundo a declaração, a necessidade de se arregaçar as mangas e, em cada sector onde se encontram, trabalharem para reverter o quadro desastroso em que o país se encontra. A reconstrução de Angola exige o esforço de todos e todas, sem excepção.
Contudo, a LIMA exigiu que o governo assuma a sua responsabilidade para com a Nação, garantindo políticas públicas inclusivas, eficazes e comprometidas com o bem-estar das mulheres.