O embaixador de Angola na Guiné Conacri, Eustáquio Quibato, reafirmou, recentemente, ocompromisso do Governo angolano dinamizar as relações diplomáticas e a cooperação económica e comercial entre os dois países
O compromisso foi reassumido durante a apresentação das Cartas Credenciais ao Presidente da Guiné Conacri, Mamady Doumbouya, um acto que habilita o diplomata angolano a exercer esse cargo neste país da África Ocidental, segundo uma nota de imprensa a que a ANGOP teve acesso este domingo.
De acordo com o documento, a cerimónia teve lugar no Palácio Presidencial Mohamed V, em Conacri, marcando, oficialmente, o início das funções diplomáticas do embaixador em território guineense. Acto decorreu sob o signo do reforço da cooperação económica e da exploração de novas oportunidades de negócios entre os dois países africanos.
“Com esta acreditação pretendemos reunir condições para retomar os trabalhos da Comissão Mista Bilateral, actualizar e fortalecer os Acordos de Cooperação no domínio económico e comercial”, realçou.
Eustáquio Quibato foi nomeado em Março de 2023 pelo Presidente angolano João Lourenço, com uma carreira diplomática consolidada, com passagens pela Nigéria, Benim e Níger, onde desempenhou funções semelhantes.
A nomeação surge num contexto de renovado interesse em reforçar os laços históricos entre Angola e a Guiné Conacri, cujas relações remontam ao período de luta pela Independência.
Com 60 anos de idade, Eustáquio Januário Quibato é mestre em estratégia, licenciado em economia e diplomado em relações internacionais pela Academia de Estudos Africanos da Rússia e pelo Centro de Estudos Estratégicos de Brasília, no Brasil.
A sua formação académica inclui ainda duas pós-graduações em pedagogia e teoria de estratégia em Portugal, além de estudos em Geoestratégia, no Centro de Estudos Estratégicos de Munique, Alemanha.
O seu percurso diplomático teve início no final dos anos 1980, como segundo secretário da Missão dos Estados da Linha da Frente na Namíbia. Em 1991, assumiu o cargo de Cônsul-Geral de Angola em Oshakati, e, posteriormente, foi nomeado chefe-adjunto da Missão Diplomática na Zâmbia.
Em 2014, passou a representar Angola como embaixador extraordinário e plenipotenciário na Nigéria. Sob a liderança do Presidente Sékou Touré, a Guiné foi um dos primeiros países africanos a apoiar o MPLA, movimento liderado por Agostinho Neto, oferecendo apoio logístico e treino militar durante a Guerra de Independência de Angola (1961-1974).