O continente africano debate-se com um défice de financiamento em infra-estruturas, estimado entre 130 e 170 mil milhões de dólares, uma situação que limita o crescimento económico e perpetua desigualdades regionais.
O alerta foi lançado pelo Presidente da União Africana (UA), João Lourenço, na abertura da 3.ª Cimeira sobre Financiamento de Infra-estruturas e Desenvolvimento em África, que decorre esta terça-feira em Luanda.
Segundo o líder da UA, o encontro em Luanda transcende a mera discussão de números, projectos ou mecanismos financeiros, servindo sobretudo para reafirmar a “nossa visão comum de uma África conectada, moderna e resiliente”.
Na mesma cimeira, o presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, fez um apelo para uma mudança de paradigma nas relações de desenvolvimento do continente.
“Devemos passar de uma lógica de assistência para uma lógica de aliança” entre os países do continente “, assinalou Youssouf.
O responsável enfatizou que, além de novos instrumentos financeiros, o que deve ser fortalecido é a “coerência coletiva” entre os membros.
Youssouf defendeu que, mesmo num contexto geopolítico de fragmentação, o continente deve alicerçar-se numa mentalidade definida pelos próprios africanos.
O presidente da Comissão da UA concluiu que a integração tornou-se uma “condição de força”, alertando que se os próprios africanos não dominarem os seus corredores, recursos e redes, “outros o farão no seu lugar”.
FONTE: JA;









