O conselho de ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) manifestou, na última sexta-feira, profunda preocupação com a situação política na Guiné-Bissau, na sequência do golpe de estado de 26 de Novembro, e recomendou a suspensão temporária do país da organização
Reunido em sessão extraordinária virtual, o órgão presidido pela ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe, Ilza Amado Vaz, analisou o quadro político guineense e condenou a interrupção do processo eleitoral em curso. Classificou o acto como uma “grave violação” dos princípios democráticos e da vontade soberana do povo.
O Conselho rejeitou a ruptura institucional verificada no país e exigiu a libertação imediata e incondicional de todas as pessoas detidas no âmbito da crise. Defendeu, igualmente, a retoma urgente da ordem constitucional, considerada essencial para a paz, estabilidade e desenvolvimento.
Entre as decisões tomadas, destacam-se, a criação de uma Missão de Bons Ofícios de Alto Nível, a ser enviada para a Guiné-Bissau no mais curto período, e a recomendação da suspensão temporária do Estado-Membro, matéria a ser decidida na próxima Conferência de Chefes de Estado e de Governo.









