Angola assinala, neste sábado, 13, o Dia Nacional da Saúde, data que coincide com a celebração dos 50 anos do Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Na sua mensagem oficial por esta ocasião, a ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, sublinhou que a criação do SNS, em 13 de Dezembro de 1975, representou uma das mais nobres conquistas da Independência Nacional, ao consagrar a saúde como um direito fundamental, de acesso universal e gratuito, assente nos Cuidados Primários de Saúde.
Segundo a governante, à data da Independência, Angola herdou um sistema de saúde frágil, desigual e concentrado nos centros urbanos, com pouco mais de uma centena de unidades sanitárias e apenas 19 médicos nacionais, num contexto marcado por elevados índices de mortalidade infantil e materna.
Para a governante, a promulgação da Lei n.º 9/75, pelo então Presidente da República, Dr. António Agostinho Neto, lançou as bases de um sistema orientado para a equidade e a justiça social, princípios posteriormente reafirmados na Constituição da República de Angola.
A ministra destacou, ainda, a resiliência dos profissionais de saúde e o apoio da cooperação internacional como factores determinantes para a manutenção dos serviços essenciais às populações mais vulneráveis.
Com a conquista da Paz, em 2002, o sector da Saúde assumiu um papel central na reconstrução nacional. Nas últimas duas décadas, o país registou uma expansão significativa da rede sanitária, passando de 2.612 unidades em 2017 para 3.355 em funcionamento em 2025, com especial enfoque na atenção primária.
A titular da pasta da Saúde destacou ainda os avanços na inovação tecnológica, como a introdução da cirurgia robótica, a expansão da telemedicina e a digitalização dos serviços, bem como o reforço da Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública.
No âmbito do Programa Emergencial de Formação de Recursos Humanos para a Cobertura Universal de Saúde, foram colocados ao serviço das comunidades os primeiros 399 especialistas em Medicina Geral e Familiar, num plano que prevê a formação de 38 mil profissionais até 2028.
Por fim, Sílvia Lutucuta rendeu homenagem aos profissionais de saúde angolanos pelo seu contributo desde 1975 e reafirmou que investir na saúde é investir no futuro do país, com a construção de um sistema mais forte, justo, moderno e próximo das comunidades.









