O secretário-geral do PRA-JA Servir Angola, Américo Chivukuvuku, defendeu ontem, na província do Cuanza-Sul, a necessidade de se efectuarem profundas reformas no sistema eleitoral angolano, apontando alegadas desigualdades no tratamento entre partidos políticos e alertou que a justeza das eleições não pode ser avaliada apenas no dia da votação, mas em todo o percurso que antecede o escrutínio
Segundo o político, que falava durante um encontro com a população local, “as nossas eleições não têm sido justas porque, ao longo do processo, não existe igualdade de tratamento”.
Américo Chivukuvuku apontou como exemplo a vantagem mediática do partido no poder, cujas actividades, segundo disse, “passam diariamente na televisão e rádio públicas, enquanto os outros partidos aparecem uma vez ou outra”.
Chivukuvuku afirmou que “a justeza do processo exige igualdade de tratamento” e reforçou que a liberdade de escolha implica que “ninguém possa ser prejudicado nem privilegiado pela sua opção política”. Denunciou ainda alega- das situações em que cidadãos são condicionados no acesso ao emprego pela exigência de filiação partidária.