O candidato à presidência da UNITA, Adalberto Costa Júnior, afirmou, na noite de quarta-feira, 12, em declarações à imprensa, em Benguela, no âmbito da campanha eleitoral partidária, que o congresso da UNITA é um acto de coragem que tem tido as consequências, embora não se tenha referido a essas. Refere que a eleição de um cidadão para presidente do seu partido tem suscitado interesse de vários observadores e membros do corpo diplomático acreditado em Angola
Aposição de Adalberto Costa Júnior é sustentada com o facto de a sociedade estar toda ela voltada para que a UNITA faz. O candidato à presidência do Galo Negro esteve por algumas horas em Benguela, onde, num contacto com os membros ao congresso, apresentou as suas linhas de força, não tendo, por conseguinte, faltado o apelo ao voto em si.
Nesta região, Adalberto Costa Júnior deixou vincada a ideia de que o congresso, que se realiza dentro de dias, é um acto de coragem para sua organização e diz que tem sido sujeitado à fiscalização de até pessoas alheias ao partido, citando, a título de exemplo, o corpo diplomático acreditado em Angola e a sociedade civil. “São os observadores internacionais. Instituições externas ao partido vão verificar a questão da transparência, para que este congresso tenha lugar”, disse.
O candidato, que concorre à sua sucessão, refere que, com o congresso, a sua agremiação política vai reafirmar a democraticidade da UNITA, ao considerar que o conclave, que está mesmo às portas, acena para aquilo que pode vir a ser a governação do país, uma vez que o candidato vencedor pode estar a um passo da Presidência da República.
Porém, Júnior reitera o seu desejo de ter um presidente da República eleito de forma directa e sujeito à fiscalização pelo Parlamento e não por interposta – como tem ocorrido. “A prestar contas à Assembleia Nacional, a prestar contas ao cidadão.
A não mandar que o representem. Queremos uma eleição directa presidencial, porque não é isso que acontece. Há uma boleia que se apanha na lista no parlamento”, reprova, ao defender a necessidade de se operar reformas no sector da Justiça, de modo a desenvolver o país.
“Essas questões ligadas ao desenvolvimento só ocorrem quando o cidadão tem liberdade, criatividade, tem o protecionismo do Estado, tem abertura, não há corrupção endémica, os tribunais funcionam e a justiça é exercida. Nós estamos a fazer aqui uma proposta que tem o alcance longo “, vincou. Ele diz que, diferente de outros partidos, o seu dispõe de uma comissão que trata todos os candidatos em pé de igualdade e não expulsa quem aspira ao cadeirão máximo, numa verdadeira pluralidade de opiniões.
Adalberto Costa Júnior quer uma Angola que não empurre os seus filhos para fora das fronteiras, com destaque para a Europa, à procura de melhores condições de vida. O país que temos hoje – considera – adia o sonho de muitos e acusa o Governo de não proporcionar aos jovens uma boa escola capaz de os garantir um ensino de qualidade. E, por conta disso, considera haver um sentimento de frustração.
“Muitos jovens pensa que só é possível fazer transição com sangue, que é uma coisa completamente perigosa. E nós ainda temos uma grande a vantagem de termos a capacidade de arrastar uma boa parte desta juventude para uma prática de carácter diplomática e democrático”, considera.
Por: Constantino Eduardo, em Benguela









