No âmbito das celebrações do 50.º aniversário de Independência Nacional, a rubrica “O jovem e a Independência” desta edição traz a visão do jovem estudante Moisés David
O povo angolano celebrou no mês de Novembro de 2024, 49 anos da sua Independência Nacional, de igual modo, prepara-se para comemorar neste ano, os 50 anos de Independência. Enquanto jovem, que análise faz destes 50 anos de Independência Nacional?
Os 50 anos de Independência Nacional envolvem um sentimento de alegria e tristeza, vai parecer um paradoxo, mas é o que sinto. Primeiro, a alegria é pelo facto de eu ter nascido no ano e mês que a paz começou a reinar no nosso país (Abril de 2002). No geral, porque o país agora está livre de conflitos armados que só nos prejudicaram bastante. Isso é muito importante para um país que quer projectar- se, rumo ao desenvolvimento. Felizmente hoje é notório o “silêncio das armas”. Antes disso, entendo que o país enfrentou uma série de problemas que causaram vários malefícios para o nosso povo. A tristeza é pelo facto de saber que, por coisas que podiam ser resolvidas na base de diálogo, várias pessoas perderam as suas vidas, por ideologia política, por fazer parte de uma denominação religiosa diferente, por pensar diferente. Enfim, por uma série de coisas que claramente, não agrada a ninguém. A história nos apresenta vários acontecimentos que muito contribuíram para a instabilidade e desunião do nosso povo, o povo angolano. Por tanto, considero importante, depois de 50 anos de Independência, que cada angolano nesses 1.246.700km² entenda que o país registou períodos conturbados que terminaram com a conquista da Independência Nacional, e que cada um de nós tenha a consciência de como éramos e como estamos actualmente.
Os ganhos da Independência Nacional até aqui alcançados têm sido preservados pelos angolanos?
Sim, sem dúvida alguma nós preservamos os principais ganhos da Independência Nacional. Faço referência à paz, embora alcançada apenas em 2002. São também ganhos da independência, a soberania, a saúde, a educação e a integridade territorial. Após alcançarmos a independência, posteriormente a paz, vejo e sinto que nós angolanos, de Cabinda ao Cunene, preservamos estas conquistas.
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