Hábitos e costumes não se discutem. São padrões de comportamento que moldam a vida dos indivíduos e das sociedades, podem ser bons ou maus, tudo depende do impacto na vida de cada pessoa.
Macalito saiu ao pai, com ele aprendeu o abecedário da vida, desde as vogais às consoantes, da fala ao gesto, tal e qual, uma postura que se enraizou na formatação da sua personalidade.
Se na gíria popular se diz que o camaleão pinta o pau, na vida humana também acontecem parecenças, entre pais e filhos, fotocópias puras, por vezes sujeitas a diferentes interpretações e especulações.
Em contextos mais informais, esta forma comum de estar, sugere o à vontade no relacionamento de pai para filho, onde o exemplo é uma constante que simplesmente transforma hábitos e costumes adquiridos ao longo de anos. Macalito, tal e qual seu pai, gosta de assobiar, caminhar com as mãos atrás das costas, a coluna erecta e o peito aberto, postura que lhe relaxa, dá autoconfiança, transmite domínio e controle sobre o ambiente.
Assobiar e manter as mãos às costas é quase um costume familiar, ligado a reflexão e ao pensamento profundo, um mecanismo de auto-regulação que ajuda a reduzir a excessiva sobrecarga sensorial e promove um melhor alinhamento da coluna vertebral.
Para ele, o gesto herdado de seu pai, é demonstração de confiança e autoridade, sinaliza falta de medo, uma sensação de segurança, controle das emoções e redução das distracções.
Macalito é como é, tal e qual, igual a seu pai, caminhando sempre assobiando, de mãos às costas, uma postura fascinante de como o corpo comunica o que as palavras nem sempre conseguem expressar.









