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Seria real a democracia?

Jornal Opais por Jornal Opais
14 de Janeiro, 2025
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Seria real a democracia?

Eu sei, eu sei: o tema em causa não parece ser nada simpático. Mas e daí? As pessoas estão a costumadas a desprezar aquilo que é muito frequente e a desconfiar daquilo que se mostra novo.

Por outro lado, considero que se já houve uma época em que se mais precisasse abordar sobre a democracia como tal, este tempo é efectivamente este (não obstante sua aparente popularidade). Segundo teorícos (mencionando, Paula Becker, Dr. Jean-Aimé A.

Raveloson), “O termo democracia provém do Grego e é composto por duas palavras: demos = povo e kratein = reinar. É possível traduzir democracia literalmente, portanto, com os termos reinado popular ou reinado do povo.”

Abraham Lincoln, em termos simples, a definia como: “government of the people, by the people, for the people” (governo do povo, pelo povo, para o povo – ) – Traduzido.

Na visão de Paula Becker, Dr. Jean-Aimé A. Raveloson ( Obra Democracia, o que é), Lincoln afirma que na democracia, “O poder surge do povo, está a ser exercido pelo povo e no seu próprio interesse.”

Mas a democracia, de facto, existe?

Se considerarmos a visão de Lincoln, só podemos por assim dizer, considerar uma democracia literal, a todo o sistema de governação, onde as vontades dos povos são consideradas u atendidas, e onde se trabalha para eles e com eles.

Neste sentido, os povos deveriam estar e ser informado de toda a política de gestão e decisões do governo. Entretanto, porquê ouvimos constantemente a se falar do conhecido termo, que quase praticamente passa por vulgar: “SEGREDO DE ESTADO.”? Que segredo? Não somos nós os “kratein” (soberanos e ou a quem se centraliza o poder)? Guardam segredos aos povos e ainda assim serem rotulados como um estado democrático? Teria Eugênio Bucci razão quando afirma que até mesmo naquilo que nós informam só nos passam o que nas suas observações, seria conveniente que soubéssemos? Pois Bucci sustenta que a “ imprensa, ao menos na visão de seus praticantes menos pernósticos, nunca teve a missão de entregar “a” verdade às pessoas, muito menos a verdade com “V” maiúsculo.”

Deste modo, como ele mesmo questionou, como pode haver de facto democracia sem verdade factual? Um outro facto interessante, é que como sabemos, cada povo é regido por um princípio cultural particular, próprio ou singular que os destingem dos demais.

Ora, cabe deste modo a cada estado saber contextualizar, criar ou promulgar, normais que peculiarmente se adaptem a eles. Logo, como pode ser possível estabelecer uma norma universal, onde todos os povos governos e pessoas devem obediência, sem que cada um destes aglomerados venha a ter a sua voz apagada?

Autores (como Paula Becker, Dr. Jean-Aimé A. Raveloson, DEMOCRACIA O QUE É) afirmam que: “As Nações Unidas estão a ser apoiadas por um grande número de Organizações Não-governamentais que, através da colaboração com protectores de direitos humanos activos em todo o mundo, publicam relatórios sobre atropelos dos direitos humanos e, com isto, conseguem obrigar governos a não tolerar mais violações dos direitos humanos.”

Ora, como todos podemos ser obrigados a obedecer Declaração Universal dos Direitos Humanos e ainda assim sermos consideramos como parte de um mundo de 194 países com mais de 85% democráticos (neste caso 123)? Considera ainda que para o caso em que um estado atropele os direitos humanos, existe o Tribunal Internacional em Haia/Países Baixos que tem competências para pronunciar sentenças.

Considera que isso não se limita apenas a organismos internacionais. Pois a COVID _19 já nos mostrou que nossa pertença liberdade, privacidade e poder de decisão, só são autônomas por prazo temporário. Vê-se que nossas palavras têm, em todos os casos apenas peso em quase todos os estados, quando elas se adequam aos interessantes e caprichos de quem governa.

Mesmo os deputados que como diz a norma, articulam a vontade da população, visto que esta é por ele representado, são mais voltados a cumprir suas agendas partidárias do que as vontades e os interesses dos povos.

Afinal, quantos tentam informar a população sobre o seu trabalho através de sessões abertas, reportagens nos médias e eventos dirigidos e, ao mesmo tempo, apoiam a ela na criação da sua vontade política? Voltando a convid, quantos povos, grupos, sindicatos e afins, foram devidamente consultados, sobre suas preferência, gostos e escolhas em relação ao processo de vacinação? Um dado que se descute, é sobre quem são verdadeiramente os “Demos” (povos) a quem a democracia ostenta dar poder.

O que se vê? São maioritariamente os da classe média, os ricos e dominantes, os nobres e povos de alta escolarização. E onde ficam os demais? Por que causa os povos considerados indígenas da Amazônia não têm lugar nas reuniões climáticas ou nos congressos em que se descutem políticas de gestão e cuidados da mesma (Amazônia)? Quem consultou as sociedades civis de Israel para saber se estariam dispostos a ocasionar um pretexto de guerra contra os Hamas? Quem perguntou aos agricultores Ucranianos de todas as classes, se optariam ou não a ideia de unirem-se a NATO diante de um clima de grande tensão? Talvez seja por isso que Pierre-Joseph Proudhon afirma que “ hoje mesmo temos a prova de que não se pode ser livre na mais perfeita democracia.”

Em fim do caso, diz Errico Malatesta, em texto de 1924: “até mesmo na mais democrática das democracias, é sempre uma pequena minoria que domina e que impõe pela força a sua vontade e os seus interesses. (…)

Enfim, de facto existe democracia?

Eu tenho minhas dúvidas. Afinal, bem disse Errico Malatesta: “Assim, desejar realmente o ‘governo do povo’ no sentido em que cada um possa fazer valer sua própria vontade, suas próprias ideias, suas próprias necessidades, é fazer com que ninguém, maioria ou minoria, possa dominar os outros; dito de outra forma, é querer necessariamente a abolição do governo (…).”

Finalista do Curso de História pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho.

 

Por: SAMPAIO HERCULANO 

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