Faltam poucos dias para o apito inicial do AfroBasket 2025. No dia 12 de Agosto, o continente africano vai olhar para Angola — não apenas como anfitriã, mas como palco de uma história maior.
Uma história que se cruza com a nossa própria identidade, com a nossa paixão pelo basquetebol e com o símbolo vivo dos 50 anos de Independência. O AfroBasket não é apenas um torneio.
É uma afirmação de quem somos e do que podemos alcançar quando jogamos juntos. É o reencontro com as raízes de um País que já se habituou a ver a sua bandeira brilhar nas quadras africanas e mundiais.
É a celebração de um legado que nasceu da garra, da resiliência e da vontade de superar. Em cada lance, em cada passe, em cada salto, está a história de um povo que transformou desafios em conquistas. O basquetebol, para Angola, nunca foi apenas um jogo.
Foi sempre um acto de união, uma demonstração de que podemos ser campeões mesmo contra todas as probabilidades. E é esse espírito que precisamos agora — como nunca. Celebrar 50 anos de Independência no ano em que recebemos o AfroBasket é muito mais do que uma coincidência. É uma chamada à memória e ao futuro. Lembra-nos que, assim como no desporto, a liberdade foi conquistada com esforço colectivo, estratégia e coragem.
A geração que ergueu a bandeira nacional há meio século abriu caminho para que hoje possamos ter estádios cheios, selecções competitivas e uma Nação orgulhosa. Agora, é a nossa vez de honrar esse legado — não apenas com vitórias, mas com união.
Mais do que pontos, valores O AfroBasket é também uma oportunidade para mostrar ao mundo uma Angola jovem, organizada, capaz de receber e inspirar. Não se trata apenas de ganhar o torneio — trata-se de provar, mais uma vez, que o desporto é uma ponte entre povos, culturas e gerações. Quando os jogadores entrarem em campo, não estarão apenas a representar clubes ou estatísticas.
Estarão a levar consigo o peso e o brilho de 50 anos de independência, de histórias de superação, de milhões de angolanos que acreditam que o desporto pode unir ainda mais a Nação.
O Sexto Jogador: Nós
Não basta ter atletas de elite, técnicos competentes e uma boa preparação. É preciso ter o apoio de todos nós. Cada aplauso, cada bandeira nas ruas, cada palavra de incentivo é energia que se transforma em força para os que vão lutar na quadra.
O AfroBasket será um momento de identidade e orgulho colectivo. E para isso, precisamos de estar unidos — de Cabinda ao Cunene, do litoral às planícies do interior.
Porque só uma Angola unida, inspirada e consciente da sua história pode alcançar o lugar que merece no continente e no mundo. Que este AfroBasket seja mais do que um torneio.
Que seja um marco na forma como encaramos o desporto como política pública, como ferramenta de educação, turismo, diplomacia e desenvolvimento económico. Angola já mostrou ao mundo que sabe vencer.
Agora é hora de mostrar que sabemos transformar vitórias em futuro. O jogo começa a 12 de Agosto. Mas o campeonato da nossa identidade, da nossa união e da nossa esperança já começou. E todos nós somos parte desta equipa.
Por: EDGAR LEANDRO









