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Prioridades de Estado e a Arte da Comunicação: O adiamento da visita de Joe Biden a Angola e a importância da diplomacia estratégica

Jornal Opais por Jornal Opais
11 de Outubro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
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Prioridades de Estado e a Arte da Comunicação: O adiamento da visita de Joe Biden a Angola e a importância da diplomacia estratégica

Recentemente, foi anunciado que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adiou a sua visita oficial a Angola e à Alemanha para permanecer na Casa Branca e monitorizar o furacão Milton, que se aproxima da costa do Golfo da Flórida.

Este adiamento foi considerado uma decisão necessária, dado o impacto potencial da tempestade. Apesar de ser compreensível, para muitos, tal decisão pode suscitar questões e interpretações que vão desde o entendimento das prioridades de Estado até às inevitáveis tentativas de aproveitamento político, desinformação e fake news.

A decisão de Biden de adiar a sua visita destaca algo essencial: a arte da diplomacia e da governação é muitas vezes sobre escolher as prioridades certas no momento certo.

E, como Henry Kissinger, um dos mais reverenciados estrategas da política externa americana, sempre enfatizou, as grandes decisões de Estado são uma questão de sabedoria e timing, e a boa comunicação é a chave para evitar malentendidos.

Henry Kissinger, durante a sua longa carreira, sublinhou várias vezes que a estabilidade interna de um País é o pilar sobre o qual se constrói uma política externa eficaz. Neste sentido, a decisão de Joe Biden em adiar a sua viagem internacional para lidar com uma crise climática iminente reflecte essa sabedoria.

A segurança e o bem-estar dos cidadãos americanos, ameaçados pelo furacão Milton, são, naturalmente, uma prioridade máxima. E isso é algo que deve ser bem compreendido tanto internamente como externamente.

O compromisso de um líder em estar presente durante uma crise nacional não deve ser visto como uma falha na agenda internacional, mas como uma demonstração de responsabilidade e de capacidade de liderança.

Ao monitorizar directamente a resposta ao furacão, Biden reafirma o papel central do Estado na protecção dos seus cidadãos. Angola, como uma Nação parceira, pode reconhecer que esta é uma questão de governação eficaz, e não uma escolha de um relacionamento sobre outro. Kissinger sempre entendeu que a diplomacia é uma questão de timing.

O adiamento da viagem de Biden, em vez do cancelamento, é um sinal claro de que o compromisso do presidente em fortalecer as relações com Angola e o continente africano permanece intacto. Há uma grande diferença entre adiar um evento e cancelá-lo.

Ao adiar, a mensagem transmitida é de continuidade e respeito pela parceria estabelecida. Biden já havia prometido visitar África durante o seu mandato, e o adiamento da viagem indica que essa promessa ainda será cumprida.

Este tipo de comunicação é fundamental para manter a confiança entre as Nações. Angola, por exemplo, deve interpretar este adiamento como uma oportunidade para reforçar a sua relação com os EUA, uma vez que a reprogramação da visita trará ainda mais visibilidade e possibilidade de envolvimento.

Se há algo que Kissinger sabia bem, é que a má comunicação ou a ausência dela pode resultar em mal-entendidos que podem afectar as relações diplomáticas e a confiança entre os Países.

A Casa Branca foi clara e transparente sobre os motivos do adiamento, mencionando a necessidade de monitorizar o furacão e proteger os cidadãos americanos.

Esta boa comunicação é essencial para evitar que a decisão seja mal interpretada por aliados internacionais ou usada como ferramenta de desinformação. Uma comunicação clara e honesta é uma das mais poderosas ferramentas de qualquer governo.

Num mundo onde as fake news e a manipulação de informação são uma constante, uma declaração directa da Casa Branca sobre o adiamento é uma maneira eficaz de evitar rumores ou teorias conspiratórias.

Angola, como qualquer outra Nação, tem o direito de receber informações correctas e fundamentadas sobre decisões que afectam as relações bilaterais. A era digital trouxe consigo a rapidez da informação, mas também abriu as portas para a desinformação em larga escala. Um simples adiamento, como o da visita de Biden, pode facilmente ser deturpado e utilizado para espalhar desinformação.

A manipulação de informação pode transformar um adiamento estratégico num “cancelamento” malicioso, criando narrativas falsas sobre um suposto desinteresse dos EUA em África ou Angola.

As fake news são especialmente perigosas porque distorcem a verdade e podem minar as relações internacionais. Ao aproveitar o adiamento da visita de Biden, forças mal-intencionadas poderiam espalhar boatos de que os EUA não estão comprometidos com o continente africano ou que Angola perdeu relevância no cenário internacional.

Nada poderia estar mais longe da verdade. Como Kissinger certamente concordaria, a diplomacia eficaz exige vigilância constante contra essas ameaças e uma resposta rápida e clara que reafirme os factos.

A diplomacia é, em muitos casos, um jogo de longo prazo, e isso é algo que Kissinger sempre enfatizou. O adiamento da visita de Biden é uma pequena pausa numa relação que tem o potencial de se fortalecer ainda mais.

Para Angola, este adiamento pode até ser uma oportunidade de preparar melhor o terreno para uma visita ainda mais produtiva, garantindo que as prioridades nacionais estejam alinhadas com as dos Estados Unidos.

As relações bilaterais entre Angola e os Estados Unidos não dependem de uma visita isolada, mas de um compromisso contínuo com o diálogo, a cooperação económica e a partilha de interesses estratégicos.

A resiliência nas relações diplomáticas é um princípio que Kissinger sempre promoveu, e este adiamento deve ser visto como parte desse jogo a longo prazo, onde os ganhos são constantes e progressivos.

A decisão de Joe Biden de adiar a sua visita a Angola deve ser compreendida dentro do contexto mais amplo das prioridades de Estado e da arte da diplomacia. Como Henry Kissinger sempre defendeu, as grandes decisões políticas requerem sabedoria, paciência e uma comunicação eficaz.

O adiamento, e não o cancelamento, da visita é um sinal claro de que a relação entre os EUA e Angola continua a ser uma prioridade. O compromisso de Biden com a segurança interna do seu País não deve ser visto como um afastamento de Angola, mas como uma demonstração de liderança responsável.

Para os jovens angolanos, este momento oferece uma lição importante: a diplomacia é um equilíbrio delicado entre prioridades internas e externas, e as relações entre as Nações são construídas ao longo do tempo, com base na confiança mútua e numa comunicação clara.

O compromisso de Joe Biden com Angola permanece, e a sua visita, quando acontecer, será uma oportunidade de fortalecer os laços e abrir novas portas para o futuro de ambos os Países.

 

 

Por: EDGAR LEANDRO

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