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Política externa, diplomacia e interesse nacional no registo de Biden em Angola

Jornal Opais por Jornal Opais
2 de Dezembro, 2024
Em Opinião
Tempo de Leitura: 4 mins de leitura
0

Nos proximos dias 2 e 4 de Dezembro de 2024, o Presidente Americano Joe Biden, vai finalmente visitar a República de Angola, no cumprimento de uma agenda que devia ser pragmatizada nos dias 13, 14 e 15 de Fevereiro de 2024, adiada devido ao Furacão Milton que assolava fortemente os Estados Unidos.

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Dizer que esta será a primeira viagem de Joe Biden no continente africano desde que assumiu o poder em 2021, de igual modo, o primeiro presidente americano a visitar a região da África Subsariana, depois de Barack Obama ter visitado em 2015 apenas o Quénia e a Etiópia.

Do ponto de vista diplomático, este facto marca de forma indubitável um ganho enorme para a diplomacia angolana e de forma inequívoca do Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, enquanto primeiro Chefe de Estado, que consegue atingir o auge da sua agenda diplomática e no fim do seu segundo mandato presidencial, trazer em solo angolano uma figura que é tão-somente o líder do país que é a maior economia do mundo.

Existem vozes cépticas e discordantes em relação a esta visita, tendo em conta que Biden já é presidente cessante, mas são do ponto de vista da Ciência Política e sobretudo olhando para os fundamentos da Constituição americana que apontam, de resto como muitas outras constituições, que o mandato do Presidente americano, apenas termina com a tomada de posse do candidato que venceu as últimas eleições.

Por isso, em nossa opinião, constitui um não assunto diminuir o peso desta visita de Joe Biden para Angola. Em Política Internacional, sabemos que não existem almoços grátis e a visita do Presidente americano tem levantado outros questionamentos quer a nível da política doméstica, assim como a nível dos Estados Regionais e internacionais de forma geral. Bem, na prática, devemos trazer aqui a liça as noções de Política Externa, Diplomacia e Interesse Nacional.

Do ponto de vista da Política Externa, qualquer Estado sabe, segundo Alain Plantey, que a “competição internacional dá a sociedade internacional um carácter temível: onde nela reina cálculos, ambições, rivalidades, mais do que caridade e justiça” (Plantey, 2000).

Olhando este posicionamento, cabe a Angola traçar sua Política Externa com o objectivo de garantir nesta selva a melhor realização dos seus fins próprios. Relativamente à Diplomacia, Calvet de Magalhães aponta que para materialização da Política Externa de qualquer Estado existe a Diplomacia, como a via mais aberta, realizada por agentes acreditados do Estado, por regra feita de forma pacífica e como um instrumento eficaz da mesma (Magalhães, 2005).

Já em relação ao Interesse nacional, Mongiardim diz que o sistema internacional, apesar de ser uma sociedade regida de direito e ética, ela ainda assim continua sendo um palco de relação entre potências (grandes, médias e pequenas), pelo que cada uma delas procura ocupar os espaços livres.

Por isso, a sabedoria estratégica de cada Estado deve ser a salvaguarda dos seus interesses nacionais: geoestratégicos e geopolíticos, por meio de influências comercial, econámica, cultural, de língua e até o modelo de pensamento e comportamento (Mon- giardim, 2007). Será aqui nas questões de interesse nacional onde estará a chave da visita de Joe Biden e os seus resultados do ponto de vista do alinhanhamento que deve existir entre a nossa política externa, a nossa diplomacia e a satisfação do interesse nacional de Angola.

Sabe-se que a visita do presidente cessante dos EUA em Angola será, entre outros, o reforço da democracia, o reforço em matéria de segurança regional, as questões climáticas, assuntos que têm a ver com energias limpas, o reforço da paz e das liberdades.

No entanto, na disputa geopolítica com outras potências internacionais, sobretudo com a China, existe nesta visita interesses claros, como: o reforço das parcerias económicas, a promoção do avanço da primeira rede ferroviária transcontinental que dará um acesso livre para África, suportado pelo projecto do Corredor do Lobito, que se prevê começar na Cidade do Lobito, ligar os oceanos Atlântico ao Pacífico, passando pelas Repúblicas Democrática do Congo e a Zâmbia.

De resto, é pretensão de Angola que destas parcerias venham a surgir a promoção comercial com ganhos comparativos para as populações das regiões onde será implementado o projecto e um envolvimento mais activo da classe empresarial local, promover a agricultura local e regional, permitir uma circulação mais eficiente de mercadorias, aceder à circulação rápida de minérios, melhorar as questões de electricidade, contribuir no desemprego local, investir na saúde das populações locais, na construção de obras que permitam adesão dos alunos ao sistema de educação e nas infra-estruturas digitais.

Para terminar e, em jeito de crítica construtiva face a esta oportunidade que Angola tem com a primeira visita de um presidente americano e tendo em conta a crise económica, crise cambial, que resvala também em crise social e não só, seria uma enorme oportunidade para que, entre os termos dos acordos e no âmbito das parcerias a serem firma- das, fosse possível o regresso da moeda estrangeira, sobretudo o dólar em Angola, e aqui se sugere o regresso ao correspondente com bancos angolanos na transação desta moeda (dólar), a fim de desafogarmos o tecido empresarial no concernente a aquisição de cambias e o desafogo da crise económica que a população vive.

Outrossim, tem a ver com a possibilidade de olhar na formação de capital humano, trazendo nestes acordos a possibilidade de proporcionarmos a uma geração de jovens angolanos a sua formação nos EUA, quer a nível técnico- académico, a nível da tecnologia, direitos humanos e por fim governança e democracia.

Penso que desta forma estaríamos na prática a cumprir com o triângulo (Politica Externa, Diplomacia e Interesse Nacional), sendo o último, no caso o interesse nacional a principal garantia de que os actores políticos no poder têm para proporcionar a garantia da continuidade de um Estado e não menos importante garantir que as novas gerações possam ter certeza que terão sempre estratégias de sobreviver numa sociedade internacional que é uma selva e que cada Estado deve garantir a sua sobrevivência.

POR:Gaudêncio
kalapasse

 

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