Num mundo cada vez mais interligado, acelerado e exigente, a liderança transforma-se na arte de servir com visão, de ouvir com atenção e de agir com propósito. Em Angola, vivemos um momento especial: celebramos 50 anos de independência, um marco histórico que nos convida a pensar o futuro com coragem e responsabilidade. Olhando para o presente, é impossível ignorar a força da juventude angolana.
Mais de 70% da população tem menos de 35 anos. São jovens que estudam, trabalham, sonham e constroem o País todos os dias, muitas vezes em silêncio, longe dos holofotes.
São eles que dão vida às ruas das nossas cidades, que dão ritmo ao desporto nacional, que reinventam negócios, que preenchem as salas de aulas, que criam soluções digitais, que formam comunidades resilientes.
Por isso, acredito que Angola está pronta para afirmar um Novo Pacto de Liderança — um compromisso colectivo em que o talento jovem é parte da solução, e em que os líderes de hoje e de amanhã se unem pelo bem maior: o desenvolvimento sustentável da nossa Nação. Este Novo Pacto não é uma ruptura. É uma renovação. Não é uma negação do que foi feito.
É uma afirmação do que podemos fazer juntos. Não é um manifesto individual. É um convite colectivo para liderar com coragem, servir com humildade e agir com resultados concretos. Num País como Angola, onde o desporto inspira, a cultura eleva e a juventude mobiliza, a liderança não pode ser apenas técnica ou política. Precisa de ser também pedagógica: comunicar bem, explicar melhor, aproximar mais.
Precisa de ser uma liderança de valores: que defenda a paz, o respeito, a inclusão e o orgulho nacional. Precisa de ser uma liderança que acredita no poder do exemplo: seja no campo, no governo, na escola, na rua ou na arena digital.
É com este espírito que vejo o trabalho que tem sido feito no Ministério da Juventude e Desportos: dar palco à juventude, reabilitar espaços desportivos, criar programas como o PLANADESPORTO, formar monitores, preparar o País para novos desafios como os Jogos Africanos de Juventude e o Afrobasket 2025. São passos concretos, que mostram que liderar é servir, comunicar é unir e transformar é o caminho.
Ao longo da história, os grandes momentos de mudança foram protagonizados por líderes que compreenderam o seu tempo e tiveram a coragem de agir: de Martin Luther King a Nelson Mandela, de Madre Teresa a Papa Francisco, exemplos de que a liderança começa com um sonho, mas cresce com uma visão partilhada e com a força de uma geração inteira.
Por isso, deixo este apelo: Vamos ser a geração que constrói, que comunica, que serve, que lidera.Vamos ser a geração que leva Angola mais longe. Porque o futuro de Angola depende de cada um de nós. E liderar Angola, hoje e sempre, será uma missão colectiva — feita de coragem, de trabalho e de amor ao País.
Por: EDGAR LEANDRO